Quem descumprir a regra terá o
registro de candidatura cancelado, caso escolhido em convenção partidária;
estes profissionais podem atuar em outras funções no veículo de comunicação
Cidadãos que pretendem disputar as eleições 2016 e
atuam no momento como apresentador ou comentador de programa de rádio ou
televisão devem ficar atentos a um prazo importante para o pleito. A partir
desta quinta-feira, 30, será vedado às emissoras transmitirem programas
apresentados ou comentados por esses pré-candidatos. Tais postulantes têm,
portanto, que se afastar destas funções nas emissoras em que trabalham sob o
risco de terem o seu registro de candidatura cancelado pela Justiça Eleitoral,
no caso de virem a ser escolhidos como candidato em convenção partidária.
A medida é uma das principais mudanças trazidas
para a disputa eleitoral deste ano entre as promovidas pela lei 13.165/2015, a
chamada reforma eleitoral, que introduziu novidades nas leis 9.504/1997 (a Lei
das Eleições), 9.096/1995 (Lei dos Partidos Políticos) e 4.737/1965 (Código
Eleitoral).
Até as últimas eleições, apenas a emissora seria
punida no caso de descumprimento da proibição de apresentação de programas por
pré-candidatos. Agora, além do veículo, que terá que pagar multa caso
desrespeite a regra - conforme previsto no parágrafo 2º do artigo 45 da Lei das
Eleições -, sofrerá sanção também o futuro candidato, que terá a candidatura cancelada,
como determinado no artigo 45, parágrafo 1º da mesma lei.
Vale enfatizar, no entanto, que o afastamento dos
profissionais de mídia da posição de apresentador ou comentador é temporário,
podendo ele, inclusive, ser transferido para outras funções no veículo em que
trabalha.
Nada impede também que o futuro candidato conceda
entrevista. Todavia, o que não poderá ocorrer na programação é o pedido
explícito de voto, a menção à sua pretensa candidatura ou a exaltação das
qualidades pessoais do entrevistado, o que configuraria propaganda eleitoral
antecipada, vedada pela Resolução 23.457/2015, do Tribunal Superior Eleitoral
(TSE). Na prática, significa dizer que nas eleições deste ano os políticos
poderão se apresentar como pré-candidatos sem que isso configure propaganda
eleitoral antecipada, desde que não haja pedido explícito de voto.
Outras mudanças
Outra mudança importante trazida pela reforma
eleitoral é a alteração do período de realização das convenções partidárias e
deliberação sobre coligações, que antes era de 10 a 30 de junho do ano da
eleição e, neste ano, passa a ser de 20 de julho a 5 de agosto.
Mais uma alteração diz respeito ao prazo para
registro de candidatos pelos partidos políticos e coligações nos cartórios, o
que deve ocorrer até às 19 horas do dia 15 de agosto. A regra anterior
estipulava que esse prazo terminava às 19 horas do dia 5 de julho.
Com
informações do Tribunal Superior Eleitoral (TSE)
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