sexta-feira, 25 de setembro de 2015
Bandido cruel, Lucas da Feira não é lembrado por admiradores
"Adeus Saco do
Limão".
Feira de Santana, ainda bem, não comemorou os 166 anos do enforcamento de Lucas da Feira.
A maioria de Feira de
Santana considera Lucas da Feira como um temível chefe de um bando, terror da
cidade e região durante 20 anos, um cangaceiro, um bandido cruel, que não
merece nem ser lembrado e sim ser esquecido para sempre. Como conta a história,
ele acabou condenado à forca.
Pelos seus feitos
criminosos, Lucas tornou-se personagem da literatura, até mitificado, como se
fosse um Robin Hood sertanejo, que roubava dos ricos para dar aos pobres. Por
ser negro, também virou símbolo de luta contra a escravidão.
Ele foi retratado em "Lucas, O Demônio Negro", romance folclórico de Sabino de Campos, em 1957, no "ACB de Lucas da Feira", cordel de Souza Velho, e em "Lucas, O Salteador", de
Virgílio Martins Reis e Artur Cerqueira Lima.
A maior obra -
inclusive em tamanho - das artes plásticas feirenses é "O Flagelo de
Lucas" (Foto: Reprodução), tela pintada por Carlo Barbosa, que pertence ao
Município e está emprestado ao Museu Regional de Arte, do Centro Universitário
de Cultura e Arte (Cuca).
O bandido Lucas da
Feira nunca foi retratado no cinema brasileiro, que é tão afeito a personagens
do cangaço e bem voltado para personagens marginais e bandidos. O cineasta
feirense Olney São Paulo até que tinha projeto de fazer um filme sobre Lucas,
mas morreu antes de concretizar o intento.
"Para findar o
meu destino".
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