No
programa "Bahia em Debate", na Rádio Povo, na quinta-feira, 17, o ex-deputado
federal Colbert Martins (PMDB) falou sobre a intenção do secretário nacional de
Transporte e Mobilidade Urbana do Ministério das Cidades Dário Rais Lopes para
bloquear recursos para o BRT junto à Caixa Econômica Federal.
"Com relação a essa questão,
eu me surpreendi muito com a posição política dessa figura da cidade. Nós
ouvimos um áudio est6a semana, mostrando que o assunto é, eminentemente de
interesse político bloquear politicamente a vinda de R$ 90 milhões para Feira
de Santana. O que nós vimos foi uma decisão política precisando forçar um
segundo turno que pudesse beneficiar uma determinada candidatura em Feira de
Santana. Nós achamos que o prejuízo é para Feira, nós não aceitamos, o PMDB não
aceita isso. Nós vamos reagir, estamos reagindo já, e na próxima semana, vamos
fazer uma reação muito mais dura e, inclusive, com a utilização da vinda do
próprio presidente do partido e vice-presidente da República Michel Temer, que
chega da Rússia, para que possa bloquear esse prejuízo que o governo da
presidente Dilma, está em erro ao colocar Feira de Santana como bode expiatório
de um empréstimo. Não é dinheiro do PAC, não é dinheiro público que não vai ser
pago, é dinheiro da Caixa Econômica com contrato assinado. Se a Caixa quiser
romper o contrato com a Prefeitura de Feira por razões políticas, essa sim,
vamos dar conta", afirmou Colbert.
O âncora Wilson Passos
questionou: "Toda essa mobilização
desses dois partidos (PT e PSD) que dão apoio a presidente Dilma Roussef em Brasília para
travar as obras do BRT em Feira de Santana, cidade que é administrada pelo
Democratas, pode ter desdobramentos em Brasília?"
"Objetivo
é dar prejuízo a Feira de Santana"
Colbert Martins respondeu: "Pode não, vai ter. Não estamos
apoiando o governo de José Ronaldo, nós somos o governo, o vice (Luciano
Ribeiro) é nosso do mesmo jeito que Michel Temer é o vice de Dilma. Então, o
assunto é político visando dar um prejuízo a cidade de Feira de Santana de R$
90 milhões. Não tem nenhum investimento em Feira, nenhum. E aí nós do PMDB
vamos agir, sim. Vai repercutir em Brasília, vai repercutir, não, já está lá em
Brasília."
Wilson Passos faz outro
questionamento: "O secretário
nacional do Ministério das Cidades Dário Rais Lopes disse que a carta consulta
e o projeto são diferentes. E as informações que têm chegado para o Ministério
das Cidades são de que o projeto foi mudado e o Ministério quer mais
esclarecimento do Governo Municipal para aí sim desbloquear os recursos da
Caixa Econômica Federal. Como o senhor vê essa declaração do secretário,
deputado Colbert?"
Colbert Martins responde que "eu acho que está sendo ouvido um lado
só, não podia tomar essa decisão. Quem esteve aqui para assinar a ordem de
serviço foi o ministro Gilberto Kassab. Não é possível que eles estejam
tratando Gilberto Kassab com uma falta de respeito como essa. Quem esteve aqui
foi o governador Rui Costa que também participou da assinatura, não é possível
que eles tenham feito isso. E, também é um empréstimo, esse empréstimo foi
assinado, não é dinheiro do PAC. Se você quiser tomar um empréstimo na Caixa,
você pode, é um contrato assinado. Eu quero entender como é que Caixa vai
suspender um contrato já previamente assinado com a Prefeitura de Feira de
Santana, não acredito nisso, mas acredito sim que tem gente querendo dar um
prejuízo na cidade e nós vamos lutar contra isso."
Transcrição
por Lina Macêdo, da Divisão de Mídia da Secretaria de Comunicação Social
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