"Pegou mal a reação provinciana e
deselegante do governador Rui Costa, ao discurso de estadista do prefeito de Salvador ACM
Neto que encantou a plateia na abertura do Enic", diz o vice-presidente
estadual do Democratas, Heraldo Rocha, sobre a raivosa reação do governador ao
suceder as sóbrias e equilibradas palavras do prefeito, durante o ato que
marcou o início do 87º Encontro Nacional da Indústria da Construção, no Teatro
Castro Alves, na noite de quarta-feira, 23. "Depois de começar sua fala com
humildade, agradecendo a Deus, o governador Rui Costa mudou o tom, assustando a
todos, com ataques gratuitos ao prefeito", observa Heraldo. Segundo ele, a
posição de Neto contra a CPMF deve ter mexido com os brios do governante
petista. "Num evento nacional, Rui Costa preferiu tratar de questões
paroquiais, sem perceber que a maioria da plateia era composta de empresários
de todo o país", assinalou.
"O governador, ao contrário de Neto,
não correspondeu à tradição baiana de grandes oradores políticos, a exemplo de
seu xará Rui Barbosa, João Mangabeira, Aliomar Baleeiro, Tarcílio Vieira de
Melo e tantos outros", lembra o líder democrata, destacando que o
pronunciamento do governador se arrastou enfadonhamente, só surpreendendo pela
ausência de elogios à presidente Dilma Rousseff.
"Rui não se arriscou, como o ministro
Gilberto Kassab, que era vaiado toda vez que fazia qualquer menção de elogiar
Dilma. Ele preferiu ser o Rui Neoliberal, defendendo menos estado", assinalou
Heraldo Rocha, acrescentando que, embora tenha citado o corte de alguns cargos
em seu governo, o governador Rui Costa ainda precisa dar exemplos mais
convincentes de que quer menos estado. "Está na hora de cortar os milhares de
aliados e eliminar várias secretarias desnecessárias. Querer tirar onda agora
de ser o novo Caçador de Marajás, Rui, não convence ninguém, O povo já viu este
filme antes".
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