Por
Augusto Nunes
Para conter o incêndio em seu começo, o programa de governo da
coligação que apoiava Dilma Rousseff na campanha de 2010 - produzido pelo PT
sem consulta aos parceiros - foi retirado para reparos urgentes horas depois de
entregue ao Tribunal Superior Eleitoral. Os líderes do PMDB descobriram que o
documento incluíra tópicos que consideravam intragáveis, como a taxação
das grandes fortunas, a concessão a invasores de terras dos benefícios
previstos no programa de reforma agrária ou a redução para 40 horas da jornada
de trabalho. O sumiço das espertezas no segundo texto enviado ao TSE contornou
a crise. Mas não removeu a desconfiança provocada pela rubrica que Dilma
desenhou em todas as páginas do programa original.
Fez isso porque estava de acordo com os trechos suprimidos, certo? Errado, jurou a afilhada de Lula em 9 de julho de 2010. Segue-se a explicação sem correções: "Pegaram, fizeram toda a documentação e me enviaram, e falaram: 'Tá tudo pronto conforme o acertado, e é para rubricá todas as páginas'. Não assinei documento nenhum, porque não tem documento a ser assinado, eu rubriquei páginas. Não olhei porque achei que era aquele programa. Não achei que iam colocá um outro programa, o de fevereiro. Foi um erro. Os erros como qualquer erro humano são bem banais, não são arquitetados". Depois da pausa ligeira, a candidata liquidou o assunto com nove palavras em dilmês castiço: "Me pediram rubrica. Rubricá é rubricá e eu rubriquei".
Foi mais ou menos isso o que fez a presidente do Conselho de Administração da Petrobras na reunião que aprovou a compra, por US$ 360 milhões, de metade da refinaria no Texas que meses antes custara (inteira) US$ 42,5 milhões a uma empresa belga. Segundo a vassalagem acampada no Planalto, Dilma examina minuciosamente até a lista dos atendidos pela mulher do cafezinho. Em 2006, sem sequer folhear o contrato, autorizou a transação que abriu um buraco de US$ 1,18 bilhão no caixa da Petrobras. Foi o melhor negócio da história da Bélgica.
Fez isso porque estava de acordo com os trechos suprimidos, certo? Errado, jurou a afilhada de Lula em 9 de julho de 2010. Segue-se a explicação sem correções: "Pegaram, fizeram toda a documentação e me enviaram, e falaram: 'Tá tudo pronto conforme o acertado, e é para rubricá todas as páginas'. Não assinei documento nenhum, porque não tem documento a ser assinado, eu rubriquei páginas. Não olhei porque achei que era aquele programa. Não achei que iam colocá um outro programa, o de fevereiro. Foi um erro. Os erros como qualquer erro humano são bem banais, não são arquitetados". Depois da pausa ligeira, a candidata liquidou o assunto com nove palavras em dilmês castiço: "Me pediram rubrica. Rubricá é rubricá e eu rubriquei".
Foi mais ou menos isso o que fez a presidente do Conselho de Administração da Petrobras na reunião que aprovou a compra, por US$ 360 milhões, de metade da refinaria no Texas que meses antes custara (inteira) US$ 42,5 milhões a uma empresa belga. Segundo a vassalagem acampada no Planalto, Dilma examina minuciosamente até a lista dos atendidos pela mulher do cafezinho. Em 2006, sem sequer folhear o contrato, autorizou a transação que abriu um buraco de US$ 1,18 bilhão no caixa da Petrobras. Foi o melhor negócio da história da Bélgica.
Fonte: "Direto
ao Ponto"
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