Nada a declarar
José Sérgio Gabrielli, que presidia a Petrobras quando a refinaria em Pasadena (EUA) foi comprada, não pretende comparecer diante da comissão externa criada no Congresso para investigar denúncias de irregularidades em contratos da empresa. Gabrielli tem dito que já prestou todos os esclarecimentos sobre o negócio ao Senado. Nos órgãos que investigam a compra, o ex-executivo manterá a defesa que tem feito: a de que o negócio era vantajoso segundo os dados disponíveis na época.
José Sérgio Gabrielli, que presidia a Petrobras quando a refinaria em Pasadena (EUA) foi comprada, não pretende comparecer diante da comissão externa criada no Congresso para investigar denúncias de irregularidades em contratos da empresa. Gabrielli tem dito que já prestou todos os esclarecimentos sobre o negócio ao Senado. Nos órgãos que investigam a compra, o ex-executivo manterá a defesa que tem feito: a de que o negócio era vantajoso segundo os dados disponíveis na época.
Retomo
Eis por que a instalação de uma CPI é importante. Ela tem poder para convocar Gabrielli, não apenas para convidar. A convocação poderia ser derrubada pela maioria necessariamente governista da CPI? Até poderia, mas derrubá-la há de ser um esforço e um problema "deles". Bem como, creio, compete ao governismo, se quiser, mobilizar-se contra a comissão. O papel da oposição, entendo, é cobrar a sua instalação.
Eis por que a instalação de uma CPI é importante. Ela tem poder para convocar Gabrielli, não apenas para convidar. A convocação poderia ser derrubada pela maioria necessariamente governista da CPI? Até poderia, mas derrubá-la há de ser um esforço e um problema "deles". Bem como, creio, compete ao governismo, se quiser, mobilizar-se contra a comissão. O papel da oposição, entendo, é cobrar a sua instalação.
Gabrielli se comporta agora como se comportava à
frente da estatal: sempre achou que não tinha de prestar satisfações a ninguém.
Deve ter sido o comando mais arrogante da história da Petrobras, incluindo os
tempos da ditadura. Parecia que o comando da empresa se divertia em ser hostil
ao jornalismo.
Ele não precisa ser simpático. Pode ser prepotente
o quanto quiser na vida privada. Ocorre que presidiu uma empresa de que o sócio
majoritário é o estado - portanto, o conjunto dos brasileiros -, e o
minoritário, o grupo de acionistas privados. Todos vêm sendo lesados por uma
gestão ruinosa da estatal.
Fonte: "Blog Reinaldo
Azevedo"
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