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sábado, 29 de junho de 2013

Pedro Roberto completaria 63 anos se estivesse vivo



Se estivesse vivo, o artista plástico Pedro Roberto faria 63 anos neste sábado, 29. Pedro Roberto Boaventura de Oliveira nasceu em 29 de junho de 1950, em Angico, distrito de Mairi, na Bahia. Filho da professora Hilda Pereira Boaventura de Oliveira e do comerciante Carlos Simões de Oliveira, ambos falecidos, sendo o oitavo filho do casal. Aos dois anos de idade veio morar em Feira de Santana e, desde criança mostrou muito interesse por trabalhos manuais, desenhos e um conhecimento especial sobre cinema, na época, o grande divertimento da garotada.
Aos 16 anos, com incentivo de sua mãe, foi trabalhar com o arquiteto Amélio Amorim, então, o mais renomado da cidade, onde aprendeu desenho técnico, tornando-se logo, um dos mais requisitados nessa área. Com a dupla de arquitetos José Monteiro Filho e Juraci Dórea continuou desenhista até o início dos anos 70, quando prestou vestibular em Salvador, cursando Artes Plásticas na Universidade Federal da Bahia (Ufba), até 1976. Em 1973, realizou sua primeira exposição individual, no Clube de Campo Cajueiro, em Feira de Santana, denominada “Realismo Fantástico”, que obteve repercussão imediata, tanto na parte comercial como na mídia especializada, recebendo citação em matéria da conceituada crítica Matilde Matos, do “Jornal da Bahia”. Paralelamente, em Salvador, trabalhou com vários arquitetos, entre eles Itamar Batista, Geraldo Gordilho, Luiz Humberto Carvalho e Neilton Dórea.   
Até o final dos anos 80, realizou dezenas de exposições individuais, participou de salões e coletivas, criou cartazes (duas vezes para a Micareta de Feira de Santana) e figurinos para teatro, decoração para eventos, murais, além de cenários para desfiles de moda e peças teatrais.   
Aos 30 anos de idade foi morar no Rio de Janeiro e, em 1982, mudou-se para São Paulo, onde abriu o atelier “Garagem 957” juntamente com a designer de jóias Jeanette Pires. 
Em 1988, foi convidado pelo estilista Ney Galvão para mostrar seus quadros no programa “Veja o Gordo” e indicado pelo mesmo para ser cenógrafo no Sistema Brasileiro de Televisão (SBT).
Ele trabalhou dezesseis anos na emissora, até 2004, exercendo os cargos de assistente de Cenografia, cenógrafo, chefe de Cenografia, gerente de Contra-Regra, gerente de Cenografia & Contra-regra, gerente de Cenografia & Figurino e como coordenador de Cenografia & Figurino. 
Vitimado por um câncer, ele voltou para Feira de Santana em dezembro de 2004, depois de ter se submetido a uma delicada cirurgia. Nesta cidade, fez tratamento de quimioterapia e radioterapia. Realizou a que seria sua última exposição, “Faces”, de desenhos, na Galeria de Arte Carlo Barbosa. Em setembro de 2005, com o recrudescimento da doença, ele voltou para São Paulo, onde faleceu em 1º de janeiro de 2006. Seu corpo veio para Feira de Santana, onde foi sepultado no dia seguinte, 2 de janeiro, no Cemitério Piedade.
A Fundação Carlo Barbosa lançou em 13 de dezembro de 2012 um álbum sobre o artista, assim como sobre Marcus Moraes, dando continuidade ao projeto "Memórias - Pintores de Feira de Santana", que já contemplou os artistas plásticos Carlo Barbosa (in memoriam), Gil Mário, Cesar Romero, Leonice Barbosa e Juraci Dórea.

9 comentários:

Lula Silva disse...

Foi um grande amigo de infância.

Eliana Carvalho disse...

Meu querido, quanta saudade... Eu e minha irmã temos grandes lembranças dele física e material. Um querido que se foi mas continua vivo em nossos corações e lembranças.

Antonio Miranda disse...

Faz grande falta.

Isabella Dantas de Oliveira disse...

Muitas saudades desse tio e AMIGO... um sorriso tão lindo... uma pessoa maravilhosa...

Genildo Melo disse...

Dimas, te parabenizo por essa iniciativa. Muito importante lembrar daqueles que fizeram e fazem a cultura de nossa cidade. Abraço.

Ozana Machado Barreto disse...

Pedro Roberto, um queridíssimo que está vivo no coração de todos que conheceram. Tive o privilégio de conviver e adquirir pouco da sua obra que está exposta na minha casa. Por isso para mim ele não morreu, apenas eu não o vejo mais. Ficaram as boas lembranças de um grande ser humano. Saudades! Saudades!
Saudades !!!

Luiz Eduardo Barreto Gomes disse...

Conheci o artista Pedro, uma pessoa enigmática assim como suas grandes obras de arte. Parabéns Dimas Oliveira por resgatar em nossas memórias o histórico desse grande artista.

Mary Barbosa disse...

Foi meu colega no Estadual e na Escola de Belas Artes. Era um primor!!! um talento singular... partiu cedo. Preferiu morar em uma estrela. Saudade!

Sonia Simões disse...

Este menino foi meu colega de sala nos 4 anos de ginásio no Colegio Estadual de Feira de Santana, ótimo amigo, alegre, divertido e muito bem humorado, desenhava lindamente. Desenhava o tempo todo, meninas do tipo mangás (de olhos grandes). Ah, desenhava mulheres tipo gostosonas, de pernas longas, grossas e bundão. Desenhava tão facilmente que nunca o esqueci. Perdi logo o contato com ele.
Muito triste, depois de décadas, ter noticias de que ele se foi tão cedo e há tanto tempo... Saudade eterna.