Os modelos frios e neutros dão lugar à
criatividade, e as cores voltam com tudo para os projetos de decoração das
cozinhas.
Segundo a arquiteta Flávia Soares, com a cultura gourmet ganhando o
interesse de homens e mulheres, a cozinha ganhou mais cores e se tornou mais
personalizada
Foto: Flávia Soares
Neste projeto da arquiteta Renata Basques, os
equipamentos são modernos e o branco é predominante. Mas as portas vermelhas
dos armários quebram o clima frio e dão um toque charmoso e especial ao ambiente
Neste projeto executado pela arquiteta Marina Dubal, o tom amarelo e
azul quebra a rigidez das demais cores utilizadas no espaço dando um up no
ambiente
Foto: Henrique Queiroga
Armários e eletrodomésticos ultracoloridos
dominaram as cozinhas nos anos 80. Naquela época, era comum ter uma cozinha
inteira vermelha, azul ou, quem sabe, amarela. Nos anos seguintes, no entanto,
a funcionalidade e a neutralidade do ambiente ficaram mais evidentes, deixando
esses espaços monocromáticos e até frios.
"O que aconteceu foi que a
função de construir as casas estava delegada ao mercado mobiliário. Desta
forma, as cozinhas acabaram sendo transformadas em um em espaço comercial,
baseado em um gosto comum dos possíveis compradores. Por essa razão, elas
passaram a ser brancas e pretas, cores que combinam com quase tudo", avalia a
arquiteta Flávia Soares.
Mas na arquitetura, assim como na moda, as
tendências também são cíclicas e, pouco a pouco, as cozinhas vêm se colorindo
outra vez. A nova roupagem dessa tendência vem em um momento em que as
cozinhas estão deixando de ser o "templo sagrado", onde só as donas de casa
entram, para se tornarem um espaço agregador e apto para receber.
Segundo a arquiteta Renata Basques, a tendência de tons mais coloridos nesse espaço do
lar surgiu do fato das pessoas receberem mais amigos e familiares em casa e
também pela necessidade das pessoas se diferenciarem das outras, ou
seja, com o desejo de exclusividade. "Em tempos de lei seca, curtir os amigos em casa
tem sido uma ótima opção. Diante dessa realidade, outra necessidade nasceu nas
pessoas: o desejo de se criar cozinhas mais personalizadas e com toques que dão
a cara do morador", conta Renata.
A arquiteta Marina Dubal, da DAD Arquitetura, destaca as cores que
estão sendo mais utilizadas nesse ambiente: "As nuances mais quentes, por
exemplo, laranja, vermelho e amarelo, são mais comuns. No entanto, nada impede
que se use cinza, marrom, azul ou verde, que são tons mais frios. Tudo
depende da personalidade do cliente e da proposta global do projeto".
Para Marina, as cores fazem bem, principalmente na
cozinha, onde são preparadas as refeições. E como todos sabem, quem se alimenta
bem, tem boa saúde. "As cores despertam sensações, o que é positivo quando isso
é bem direcionado no projeto", salienta. Ela ainda lembra que as cores claras
facilitam a limpeza, já que refletem a luz, evidenciando a sujeira.
Marina destaca ainda que a cozinha deve estar
harmonia com o restante da casa: "Esse ambiente faz parte de um conjunto
arquitetônico. É muito importante que esteja integrado esteticamente aos outros
espaços da casa, inclusive, em relação aos materiais de acabamento. Do
contrário, corre-se o risco de se ter vários ambientes interessantes, mas que
não compõem um conjunto harmônico".
Flávia dá dicas de composições que ficam
interessantes nesse espaço. "Acho que fica bonito utilizar nas peças fixas,
como armários, bancadas e eletrodomésticos, as seguintes combinações: azul,
cinza e preto ou vermelho e branco ou tons de bege com marrom e cinza", ensina.
Já Marina, arrisca cores fortes nas paredes ou mesa. Mas, nas bancadas e
revestimentos, indica o uso de nuances como bege, cinza e preto.
Outra informação importante é que na cozinha
deve-se lançar mão de revestimentos que possam ser lavados periodicamente, como
vidros serigrafados e madeiras laqueadas, pois esse ambiente precisa de
constante higienização.
(Com
informações de Ana Paula Horta e Fernanda Pinho, da Mão Dupla Comunicação)
Nenhum comentário:
Postar um comentário