Por Jorge
Oliveira
O maior problema do Brasil é de gerenciamento. Do lado da Dilma estão
quatro pessoas que jamais seriam absorvidas pela iniciativa privada pela
pobreza dos currículos e a qualificação profissional. Agarraram-se desde cedo
ao Partido dos Trabalhadores e dentro dele fizeram carreira e assumiram cargos
públicos relevantes depois que o PT chegou ao poder. Guido Mantega, ministro da
Fazenda; Ideli Salvatti, ministra da Articulação Institucional; Gleise Hoffman, ministra-chefe do Gabinete Civil; e Gilberto Carvalho, ministro da
Secretaria-Geral da Presidência são as eminências pardas que cercam a
presidente Dilma, responsáveis pelos aconselhamentos e pelo rumo político e
econômico do país. O resultado está aí: um governo desastroso, desatualizado e
improvisado. O que a presidente diz pela manhã, ela mesmo desmente à tarde. E
assim, o Brasil vai se tornando um país instável e inseguro para os
investidores estrangeiros. Internamente, ninguém acredita mais nas previsões de
Mantega, o que faz com que milhares de pessoas ocupem às ruas e as praças
públicas para protestar e os empresários desconfiem da condução da política
econômica, retardem investimentos, aumentem os preços e contribuam para a volta
da inflação.
É com esse pessoal que a Dilma se consulta diariamente. Ao deixar o
Planalto, Lula deixou em cargos chaves, em Brasília, a mesma equipe que o
ajudou a administrar o país. Pendurou no gabinete da presidente, Gilberto
Carvalho, seu informante, e na economia Guido Mantega, com quem despacha
em São Paulo. Mantém também militantes petistas em todos os órgãos do governo,
principalmente no sistema financeiro (Banco do Brasil, Caixa Econômica, BNDES)
Fundos de Pensão e agências reguladoras. É assim que Lula está exercendo o seu
terceiro mandato presidencial, usando a Dilma na presidência, truque que adotou
para se manter no comando do país. Lula tinha receio de afrontar a Constituição
incentivando a emenda que permitiria o seu terceiro mandato. Na verdade, o
ex-presidente também tinha medo da reação dos brasileiros para esse ato
truculento e antidemocrático como fez Hugo Chávez, na Venezuela, na sua
revolução bolivariana dos famintos.
Para que tudo desse certo, Lula bolou um plano genial. Escolheu Dilma
Roussef como sua principal executiva dentro do Palácio do Planalto. Tinha
consciência do seu despreparo para administrar o Brasil politicamente pela
falta de experiência partidária e de insucesso na iniciativa privada (Dilma
faliu uma loja de R$ 1,99 que administrou em Porto Alegre) e assim seria mais
fácil de manipulá-la. Um militante petista de maior envergadura,
certamente não iria se submeter as ordens de Lula quando estivesse no comando
da Presidência.
Fonte: Claudio Humberto
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