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sábado, 22 de junho de 2013

"Do heroismo à bobagem"



Por Carlos Chagas
Um dos slogans no protesto-monstro de quinta-feira, em todo o país, foi a exigência de tarifa-zero para os transportes coletivos, depois da retumbante vitória do recuo das autoridades diante do reajuste anterior. As manifestações passaram, assim, do heroísmo dos últimos dias à bobagem que embriagou os manifestantes.
Claro que seria o ideal se ninguém precisasse pagar passagens de ônibus, trens  e metrôs.  Como maravilhoso também seria ao motorista abastecer seu carro nas bombas e despedir-se do frentista apenas com um "muito obrigado".  Por que não encher o carrinho do super-mercado sem passar no caixa, ou renovar o guarda-roupa numa loja de modas sob o aceno  do vendedor para voltarmos sempre?
Nem no Nirvana, sequer em Xangri-Lá, seria admissível uma situação assim. Até no Céu teremos a obrigação de adorar  a Deus, imagine-se aqui em baixo se tudo funcionar sem retribuição.
Fora exceções, a turma de empresários dos transportes coletivos constitui uma máfia igual à dos piores tempos da Sicília. Exploram ao máximo motoristas e trocadores, negando-lhes direitos trabalhistas.  Impõem horários de trabalho acima da resistência humana, deixam suas viaturas caírem de podre e exigem do poder público constantes reajustes nas passagens.  Além, é claro, de contribuir com muito dinheiro para as campanhas eleitorais  daqueles que pouco depois autorizarão os aumentos. 
Estão gargalhando, os donos das empresas de transporte. Sabem que um  fantasioso sucesso da campanha pela tarifa-zero só determinará  a  ida deles  aos cofres públicos para receber pelo funcionamento de suas frotas, sem as dificuldades de contar moedinhas e  imprimir bilhetes.
Sempre haveria a hipótese da estatização de todo o sistema de transportes coletivos, que se tornariam propriedade do Estado, mas sabemos como  essas atividades funcionam, quando passam à alçada do poder público. Ficam piores.
Sendo assim, melhor fariam os manifestantes da atual temporada de protestos que voltassem a pôr os pés no chão. Resistir a reajustes na maior das vezes abusivos, e conseguir revogá-los, é um ato de heroísmo.  Clamar por tarifa-zero,  uma bobagem...

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