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terça-feira, 4 de junho de 2013

"Eu vou à Manifestação Pacífica em Brasília dia 5 de junho"





Por Maya Felix   
Não moro em Brasília, mas vou à manifestação pacífica promovida pelo pastor Silas Malafaia em Brasília, dia 5 de junho (quarta-feira). Será um esforço significativo para mim, sob vários aspectos. Mas eu vou.
Vou porque concordo com as razões da manifestação. Vou porque a manifestação política e pacífica de grupos sociais é garantida pela Constituição Federal, assim como a manifestação de pensamento, de expressão e de culto. Vou porque vejo diariamente tentativas de partidos governistas de violar a Constituição Federal em vários de seus artigos no que diz respeito à liberdade de culto - particularmente do culto cristão-evangélico. 
Vou porque, como evangélica, penso que é legítimo, democrático e necessário que nós, evangélicos, nos levantemos agora para defendermos nossos pontos de vista diante de um Governo cujo partido e aliados constantemente trabalham para levar a cabo políticas que contrariam nossas crenças e nossos princípios. Também pagamos impostos. Também votamos. Também trabalhamos duramente. Também pensamos.
Estarei lá, dia 5 de junho, às 15 horas, em frente ao Congresso Nacional. Vou pacificamente. Vou certa do que defendo. Vou porque creio que o Estado laico não justifica a perseguição religiosa que ora ocorre no Brasil sob os rótulos de "combate à homofobia" (leia-se: kit gay nas escolas públicas), "defesa dos direitos da mulher" (leia-se: defesa do aborto), "defesa do estado laico" (leia-se: destruição de símbolos culturais que remetem ao cristianismo) e tantos outros, cujo deslizamento de sentido opera a justificativa para atos que vão de processos penais a pastores e evangelistas por exposição da Palavra bíblica a ameaças de fechamento de igrejas.
Eu vou. Sou cidadã, pago impostos altíssimos, trabalho duramente e respeito meu próximo. Apesar disso, manifestações de "cristianofobia" tornam-se corriqueiras no Brasil. Assistimos a insultos, ofensas e desrespeitos diversos a políticos evangélicos, trechos da Bíblia, santos católicos, religiosos evangélicos e católicos e até ao papa, como veio a público na Parada Gay de São Paulo, no domingo, 2. Assistimos a tudo isso e nos calamos, e creio que é chegada a hora de manifestarmos nossa indignação diante dessa situação injusta. 
Vou porque o que o Governo Federal, parlamentares e ministros do STF têm chamado de "respeito às minorias sexuais" mostra-se, progressivamente, a simples concessão de privilégios a uma minoria que, de modo truculento, manipula dados a fim de mais confortavelmente ter a aprovação da opinião pública, impor seus pontos de vista e exigir a aprovação da sociedade às suas práticas sexuais. Para isso, tentam desmoralizar um segmento religioso que condena suas ações. Insultam-nos, atacam-nos e nada dizemos.
Vou porque me sinto diariamente desrespeitada, ofendida e discriminada, como evangélica. Como eu, conheço tantos mais que chegam a ter medo de expor seus pontos de vista em determinados meios sociais e profissionais. No entanto, reza a Constituição Federal, em seu Artigo 5º, incisos IV, VI e XVI: "é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato; é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias; todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente." 
Por isso tudo, irmãos, eu vou.
Fonte: União de Blogueiros Evangélicos (UBE)

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