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segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Professor tumultua sessão e causa suspensão na Câmara

O episódio da quarta-feira, 16, quando a sessão ordinária teve que ser encerrada pela Mesa Diretora antes do horário habitual, devido à atitude de um professor, que se recusou a deixar o plenário, foi tema de vários pronunciamentos na sessão desta segunda-feira, 21, da Câmara Municipal. Vereadores de diversas bancadas apoiaram a medida do presidente da Casa, Antônio Carlos Ataíde (DEM).
O vereador Antônio Francisco Neto (DEM) lembrou que a Presidência da Câmara abriu uma concessão para que dirigentes da APLB pudessem ter acesso ao plenário e fazer seu pronunciamento, mas um dos líderes da categoria acabou ficando sem tempo para falar, prejudicou a sessão.
“Seria necessário encaminhamento de ofício com antecedência de 72 horas, para uso da Tribuna Livre, mas o presidente da Câmara e toda a Casa, solidários aos professores da rede pública, permitiram, por autorização verbal, que os dirigentes da APLB pudessem se pronunciar no plenário da Câmara”, disse Antônio Francisco Neto.
Ele afirmou que, com intermediação do vereador e professor Marialvo Barreto (PT), foi feito acordo para que os líderes sindicais Germano Correia e Indiacira Boaventura falassem pelo tempo regimental de 10 minutos. No entanto, um professor que não faz parte da diretoria da APLB também teve acesso ao plenário. Por desentendimento com seus próprios pares, ele não conseguiu tempo para se manifestar.
Embora os dirigentes da APLB não houvessem autorizado, o professor queria falar. Como não havia regimentalmente forma de conceder mais que os 10 minutos utilizados, buscou-se agendar uma outra data para que ele pudesse se manifestar. No entanto, o professor não aceitou e decidiu permanecer no plenário. O presidente teve que acabar a sessão antes da hora.
“A Câmara tem um regimento que precisa ser cumprido. O professor estava sem paletó no plenário, o que não é permitido. Um vereador, quando extrapola o seu tempo de discurso, tem que encerrar a sua fala”, declarou Antônio Francisco Neto.
Interesse de professor era atrair presença da Polícia
O vereador Marialvo Barreto afirmou ter ouvido o professor dizer que iria esperar a Polícia para tirá-lo. “Queria criar um fato. Qualquer ambiente em que a Polícia precisa arrastar alguém é gerado um fato. Não haveria problema que alguém da oposição à APLB se pronunciasse. Mas o acordo foi feito com a entidade, que organizou da forma como entendeu, o uso do tempo de 10 minutos”, disse.
O líder da bancada do Governo, Justiniano França (DEM), lembrou que o tempo, na Tribuna Livre, é dado à representação de uma categoria. “Não ouvimos manifestação dos professores para que aquele cidadão se pronunciasse. A APLB, que representa a classe, pôde se manifestar através de dois dos seus dirigentes.“ Mesmo sem ter sido adotado o procedimento correto, vez que não havia ofício solicitando a Tribuna Livre, o espaço foi concedido. O presidente agiu da forma correta”, sentenciou.
Roque Pereira (PSDB) disse estar solidário ao presidente da Câmara e lamentou que profissionais de imprensa tivesse "criticado a atitude do presidente, que agiu com coerência".
(Com infoirmações da Assessoria de Comunicação da Câmara Municipal)

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