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No Domingo de Páscoa

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domingo, 27 de setembro de 2009

"O presidente-muamba"

Por Diogo Mainardi, na "Veja":
Celso Amorim é nosso homem em Tegucigalpa. Como o protagonista do romance de espionagem de Graham Greene (na tela, Alec Guinness), ele copiou o desenho de um aspirador de pó e passou a negociá-lo como se se tratasse de algo maior: um plano militar secreto.
O aspirador de pó hondurenho é Manuel Zelaya. Ele representa o eletrodoméstico mais antigo, mais prosaico e mais rumoroso da América Latina: o caudilho bananeiro que dá um golpe para se perpetuar no poder. Mas Celso Amorim, contando com a cumplicidade e a obtusidade de seus chefes, montou uma farsa internacional e contrabandeou o aspirador de pó hondurenho como se ele fosse um defensor da democracia, derrubado ilegitimamente por uma ditadura militar.
Hugo Chávez comandou o retorno de Manuel Zelaya a Honduras. Um jatinho conduziu-o clandestinamente a El Salvador. Ele cruzou a fronteira hondurenha sem ser identificado e, até chegar a Tegucigalpa, percorreu o país escondido no porta-malas de um carro e a bordo de um trator. Os meios utilizados no transporte de Manuel Zelaya denotam claramente sua natureza fraudulenta: ele é o presidente-muamba. Hugo Chávez sempre apoiou os traficantes de drogas das Farc. Agora ele apoia os traficantes de golpistas da Unasul. Só resta descobrir o papel desempenhado por Celso Amorim e Lula nesse comércio ilícito.
Na última semana, Hugo Chávez comparou Manuel Zelaya a Pancho Villa. Pancho Villa tinha um bigode. Pancho Villa tinha um chapéu. Pancho Villa era um bandido. Se Manuel Zelaya de fato é Pancho Villa, onde está Woodrow Wilson, o presidente americano que o combateu? Barack Obama? Nada disso. Segundo Hugo Chávez, "falta firmeza" a Barack Obama.
A "falta de firmeza" de Barack Obama garantiu o sucesso do primeiro putsch lulista. Daqui a dois meses, em 29 de novembro, Honduras elegeria um novo presidente da República. Seis candidatos concorreriam ao cargo, dois deles ligados ao próprio Manuel Zelaya. Ao receptar o presidente-muamba na embaixada brasileira, Lula conseguiu melar a disputa eleitoral, impedindo qualquer possibilidade de saída democrática para a bananada hondurenha. Além disso, seu ato estimulou uma brutal onda de saques a supermercados e a bancos do país. O imperialismo lulista é assim mesmo: Tegucigalpa é nosso quintal, e em nosso quintal quem escolhe o presidente é o nosso presidente. E ele já escolheu: é o aspirador de pó.

2 comentários:

Unknown disse...

Não entendo essa fixação de Lula em não querer assumir que quem deu um golpe, passando por cima da Constituição de Honduras, foi seu amigo Zelaya!! Agora, ele vai se ver apertado, como diria um certo radialista de Salvador, " vai ficar com o monossílabo na seringa", porque o corajoso Micheletti já lhe deu o ultimato: "qual é a do Brasil em relação à embaixada brasileira"? Lula tem que se decidir...quero ver.Mariana

Anônimo disse...

kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk