Alex Ferraz na coluna "Em Tempo", na "Tribuna da Bahia", nesta terça-feira, 1º:
Quem pensa que a Copa do Mundo de Futebol de 2014 está longe, parece que está enganado. Primeiro, não é 2014. É 2013, ano em que a Fifa faz a Copa das Confederações justamente para ver se as obras para o campeonato mais importante ficaram prontas e dentro das especificações. Então, o Brasil, e a Bahia, especificamente, têm três anos e 10 meses para concluir não só o novo estádio da Fonte Nova (ou Arena Bahia, que seja), mas, principalmente, a nova estrutura viária de Salvador. E aí é que a porca torce o rabo, como diria minha avó. Nem o governo federal, nem o estadual nem o governo municipal tem nenhum tipo de plano global para a estrutura viária de Salvador. Só obra pontual. E é óbvio que é necessária tal estrutura. O estádio da Fonte Nova está situado no Centro Histórico da capital e o nosso Aeroporto Internacional de Santo Amaro do Ipitanga está a mais de 30 km da nova arena futebolística. O caminho natural para ligar os dois pontos é um corredor que começa no Complexo Viário 2 de Julho, recentemente inaugurado pelo governo do Estado, segue pela Av. Luís Viana (Paralela), pega um pedaço da Av. ACM até o Acesso Norte e segue pela Av. Mário Leal Ferreira (Bonocô) até o estádio. Mas para que este corredor de tráfego esteja livre em apenas três anos e 10 meses, seria necessário que as obras começassem já. Mas dos três poderes (federal, estadual e municipal), muito embora façam declarações públicas de que estão realizando algo, não se vê, na prática, nada andando.
Canteiro da discórdia
Tudo começa com o canteiro central da Av. Paralela. Corre à boca miúda que já há um lobby fortíssimo do cartel de combustíveis para que não se mexa nos postos de gasolina que ocupam a área pública no meio da Paralela. E ainda há o monumento a Luís Eduardo, que tem que ser transferido para as margens da avenida junto com os postos. Sem que haja coragem para enfrentar os donos de postos de gasolina e o lobby do monumento, não haverá corredor de transporte público certo. Escrevam aí...
Abandono inexplicável
Outro ponto é a obra do metrô na Av. Bonocô. Ora, desde que deixou de ser subterrâneo ou de superfície e passou a ser um metrô aéreo (sobre pilares), a parte da obra que fica entre o Acesso Norte e a Fonte Nova já está pronta. Não cabe, portanto, ficar aquele vão embaixo do elevado do metrô cheio de lixo e restos de obra. Por que não fazem logo uma faxina embaixo dos pilares e dizem o que vão fazer com aquele espaço? Será ciclovia, passeio, jardim ou via exclusiva de ônibus?
Canteiro da discórdia
Tudo começa com o canteiro central da Av. Paralela. Corre à boca miúda que já há um lobby fortíssimo do cartel de combustíveis para que não se mexa nos postos de gasolina que ocupam a área pública no meio da Paralela. E ainda há o monumento a Luís Eduardo, que tem que ser transferido para as margens da avenida junto com os postos. Sem que haja coragem para enfrentar os donos de postos de gasolina e o lobby do monumento, não haverá corredor de transporte público certo. Escrevam aí...
Abandono inexplicável
Outro ponto é a obra do metrô na Av. Bonocô. Ora, desde que deixou de ser subterrâneo ou de superfície e passou a ser um metrô aéreo (sobre pilares), a parte da obra que fica entre o Acesso Norte e a Fonte Nova já está pronta. Não cabe, portanto, ficar aquele vão embaixo do elevado do metrô cheio de lixo e restos de obra. Por que não fazem logo uma faxina embaixo dos pilares e dizem o que vão fazer com aquele espaço? Será ciclovia, passeio, jardim ou via exclusiva de ônibus?
Não vai dar
Não quero ser ave agourenta, mas tendo um período eleitoral no próximo ano, que deverá jogar os governos na inação por, pelo menos, uns quatro meses. E outro período eleitoral, em 2012, roubando mais outros quatro meses, penso que, pelo menos em se tratando de Salvador, esta Copa não será realizada. Na hora “h”, neguinho vai tirar Salvador da lista, pois ninguém tem acesso a um único estudo de viabilidade realmente exequível. Ou, se existe um estudo de mobilidade, é um segredo tão bem guardado que os autores já o perderam também. E se existe e está sendo “executado”, tem que ser mostrado à sociedade, para ser discutido e enriquecido.
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