Leia trecho do editorial do jornal "O Estado de S. Paulo", edição desta quarta-feira, 10, extraído do "Blog 25: Democratas":
“Em razão do imbróglio em que se meteram os dois principais partidos da base governista - PT e PMDB -, disputando entre si os dois cargos de comando (presidência e relatoria) da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobrás, prestes a ser instalada, e com certeza duvidando da fidelidade de uns e outros, o presidente Lula acionou seu rolo compressor para forçar obediência às diretrizes "defensivas" do Planalto. Nisso praticou algo inédito nos regimes democráticos, pelo menos nos que seguem o princípio da independência e harmonia entre os Poderes de Estado, apregoado por Montesquieu: "convocou" o presidente do Congresso e os líderes dos partidos no Senado e passou a coordenar diretamente a montagem da CPI. Mas até isso foi pouco, se comparado ao desrespeito à opinião pública, cometido pela própria estatal, por meio de ameaça à liberdade de imprensa. (...) Desde que as oposições cogitaram de instalar uma CPI no Senado, para apurar as inúmeras denúncias de práticas irregulares na Petrobrás - e neste aspecto as oposições nada mais fazem do que cumprir seu papel -, o primeiro argumento intimidatório usado pelo Planalto foi o da necessidade de preservar-se a imagem da estatal. Investigá-la, chegaram a dizer, equivalia a um ato de lesa-pátria. Vindo à tona irregularidades, especialmente as mais graves, dúvidas poderiam pairar sobre a idoneidade da estatal do petróleo. Mas que imagem haverá de ter no mundo - e as notícias correm rápido na era globalizada - uma empresa que assume um papel tão antiético, na manipulação de informações de relevante interesse para a sociedade?” Clique aqui e leia o editorial na íntegra.
Um comentário:
Eu só queria saber de Lula, porque o blog só agora, quando se fala em investigação da estatal, através de uma CPI.Mariana
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