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sábado, 13 de junho de 2009

"Livro dos Heróis da Pátria"

Projetos podem triplicar os nomes inscritos no "Livro dos Heróis da Pátria". Mas modelo brasileiro, de escolha de heróis por lei, é criticado por historiadores

Com inclusão de mulheres - Maria Quitéria (ilustração) é uma delas - entre os heróis nacionais nome passaria a ser "Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria"
É um clube seleto, heterogêneo e masculino, mas pode em breve ganhar pelo menos uma dezena de novos integrantes, entre eles mulheres. O Livro dos Heróis da Pátria, que repousa no Panteão da Pátria e da Liberdade, em Brasília, traz hoje apenas dez nomes em suas reluzentes páginas de aço, todos nascidos antes de o país se transformar em República. Em março deste ano, a Comissão de Educação aprovou projeto que insere o nome do ex-presidente Getúlio Vargas no livro, reativando a discussão: afinal, o que dá a um vulto histórico a dimensão heroica? Ou, como lembram os historiadores, vale a pena cultuar heróis?
O dramaturgo alemão Bertolt Brecht cunhou a frase "Infeliz o país que precisa de heróis". Mas todos os países têm os seus. Os americanos cultuam a memória dos seus chamados founding fathers (pais fundadores), como Thomas Jefferson e Benjamin Franklin. Um panteão em Paris abriga os restos mortais de célebres franceses como Voltaire e Victor Hugo. As guerras são pródigas em produzir heróis. Mas, hoje, até esse conceito - em um mundo onde o terrorismo sem face é muitas vezes o maior adversário – perdeu essência.
O modelo brasileiro, de seleção de heróis por meio de leis, não tem paralelo em outros países. Em geral, o status de herói – aliás, duramente criticado pela historiografia contemporânea – é alcançado com tempo, pelo reconhecimento do povo. No caso mais recente, da indicação de Vargas pelo senador Marconi Perillo (PSDB-GO), entra em cena outro aspecto do debate: afinal, os heróis precisam ser perfeitos, à imagem dos personagens mitológicos como Hércules e Aquiles?
- Se o fossem, teríamos que reescrever a história do Brasil. Esta postura só revela a ignorância sobre a historiografia em nossas universidades, que traz à tona não "heróis" maquilados, mas atores históricos de carne e osso, interagindo com momentos políticos, a sociedade, a economia e as mentalidades de uma época - diz a carioca Mary Del Priore, professora de História.
Ela ensina que, para se sair da vida e entrar na história - como disse Getúlio em sua famosa carta-testamento -, é preciso descartar representações falsas e estereotipadas, e se socorrer das pesquisas mais recentes. Não é assim, todavia, que os congressistas encaram a questão. Além dos quatro nomes já aprovados e aguardando inclusão no Livro dos Heróis da Pátria, há quase duas dezenas de projetos propondo novos candidatos.
Os dez nomes do livro
Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes (1746-1792)
Primeiro a ter o nome inserido no Livro dos Heróis da Pátria (21 de abril de 1992), por ocasião do bicentenário de sua execução. Mineiro, foi dentista prático e pertenceu ao Regimento de Dragões de Minas Gerais. Um dos líderes da Inconfidência Mineira, levante feito contra os pesados impostos cobrados pela coroa portuguesa e reprimido pelo governo central. Foi enforcado e depois esquartejado.
Duque de Caxias (1803-1880)
O marechal fluminense Luís Alves de Lima e Silva participou dos movimentos pela a independência, pacificando várias províncias rebeldes. Nomeado comandante-em-chefe das forças do Império em operações contra o Paraguai, conclui sua jornada com a tomada de Assunção em 1869. É o patrono do Exército Brasileiro.
Marechal Deodoro da Fonseca (1827-1892)
Militar desde os 18 anos, lutou na Guerra do Paraguai e liderou a facção do Exército favorável à abolição da escravatura. Em 1889, Deodoro comandou o movimento político-militar que acabou com a Monarquia e proclamou a República. Foi o primeiro presidente do país. Zumbi dos Palmares (1655-1695) Batizado com o nome de Francisco, Zumbi foi entregue ao padre Antônio Melo, com quem morou até os 15 anos, quando fugiu para Palmares, quilombo entre os estados de Pernambuco e Alagoas, onde se reuniam escravos fugidos. Lá ele se fez líder graças a sua coragem, capacidade de organização e comando. Tornou-se símbolo da luta dos negros por dignidade e igualdade.
José Bonifácio de Andrada e Silva (1763-1838)
O Patriarca da Independência, natural de Santos (SP), formou-se na prestigiosa Universidade de Coimbra em Ciências Naturais e Direito. Doutor em Filosofia, foi o principal articulador, junto a dom Pedro I, da independência do Brasil. Era considerado o mais culto brasileiro do seu tempo. Em 1831, dom Pedro I, ao abdicar da coroa, indicou-o para tutor de seu filho, o herdeiro do trono, e de suas irmãs.
Plácido de Castro (1873-1908)
Militar gaúcho, em 1899 foi para o Acre e liderou os brasileiros instalados no território para expulsar os bolivianos. Derrotados estes, em 1903 proclamou-se a autonomia do Acre, obrigando as forças bolivianas à capitulação. Castro assumiu o governo provisório.
Almirante Tamandaré (1807-1897)
Joaquim Marques Lisboa, gaúcho de Rio Grande, entrou para a Marinha com 15 anos e tomou parte na campanha da independência, atuando em vários momentos contra os insurgentes. Lutou na Confederação do Equador, na Campanha da Cisplatina e na Guerra do Paraguai. É patrono da Marinha Brasileira.
Almirante Barroso (1804-1882)
Francisco Manoel Barroso da Silva, português de Lisboa, veio para o Brasil em 1808 com a família real. Participou de combates na Guerra da Cisplatina, em operações contra a Cabanagem, na província do Pará, e comandou a Força Naval Brasileira na batalha naval do Riachuelo. Alberto Santos Dumont (1873-1932)
Teve o nome inserido no Livro dos Heróis da Pátria em 2006, em comemoração ao ano do centenário do voo do 14-Bis, que marca o início da aviação no mundo. Mineiro, patrono da Aeronáutica e da Força Aérea Brasileira, inventou o avião e o relógio de pulso. Posteriormente, recebeu a patente honorífica de marechal-do-ar.
Dom Pedro I (1798-1834)
Nascido em Lisboa, herdeiro do trono português, chegou ao Brasil em 1808 com a família real. Em janeiro de 1822, dom Pedro anuncia sua decisão de permanecer no país, e em 7 de setembro proclama a independência do Brasil. No mesmo ano é aclamado imperador e coroado com o título de dom Pedro I.
Espaço para mulheres no Livro de Heróis
No Senado, as propostas de inclusão de Maria Quitéria, Ana Néri e Anita Garibaldi entre os heróis nacionais podem mudar o nome do livro, que passaria a ser Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria. Os projetos são de iniciativa da senadora Serys Slhessarenko (PT-MT).
A feirense Maria Quitéria (1792-1853) foi heroína da Guerra da Independência. Cortou os cabelos e vestiu-se de homem para se alistar como "Soldado Medeiros" na luta pela independência do Brasil. Sua bravura lhe rendeu uma comenda entregue pessoalmente por dom Pedro I.
Também da Bahia, Ana Justina Ferreira Nery (1814-1880) foi enfermeira que acompanhou os filhos e o irmão na Guerra do Paraguai, onde prestou serviços nos hospitais militares e nas frentes de batalha. É a patrona da enfermagem do Brasil.
A catarinense Ana Maria de Jesus Ribeiro (1821-1849) é admirada no Brasil e idolatrada na Itália. Lá, uniu-se ao revolucionário Giusseppe Garibaldi. Foi soldado, enfermeira, esposa e mãe. Tornou-se assim Anita Garibaldi, a "Heroína dos Dois Mundos".
(Com informações do "Jornal do Senado")

2 comentários:

Anônimo disse...

Bom, prá mim, Maria Quitéria já estava entre os "Heróis" do Brasil,assim como Joana D Arc prá França.Tenho umas certas restrições a alguns "personagens" da fila para serem "promovidos" a heróis.Não sou historiadora,ao contrário,sou meio ignorante no assunto,mas heróis prá mim são aqueles que de uma forma ou de outra,com coragem e determinação,embuidos de motivações justas,fazem bem mais do que uma pessoa comum consiga fazer e não apenas por cumprir com suas obrigações normais e bem.Já sei,compliquei e não sei se me fiz entender. Amanhã, provavelmente vão querer dar também a este presidente o título de herói por causa das bolsas família, por ter chegado à presidencia, sendo um "sem estudos" e ter sido chamado de "O Cara". "Desses" heróis, estamos cheios. Mariana

Anônimo disse...

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