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quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Plásticos vegetais chegam ao calçado

Formax lança a primeira aplicação prática brasileira
do TPU (poliuretano termoplástico) desenvolvido
a partir de fontes vegetais, portanto renováveis.

Por Cristine Penna - BMA – Núcleo de Assessoria de Imprensa (Porto Alegre-RS)

Surge na indústria calçadista a primeira aplicação prática brasileira de poliuretanos termoplásticos - TPU - desenvolvidos com base orgânica em substituição ao petróleo. A inovação vem pelas mãos da Formax Quimiplan - Componentes para Calçados Ltda., de São Leopoldo/RS, que há dez anos já desenvolve um trabalho pioneiro de reciclar resíduos de seus próprios produtos. Agora, está lançando o Thermogreen, linha de contrafortes e couraças (peças internas que estruturam os sapatos) produzida a partir de polímeros feitos de fontes renováveis, como soja, milho, mamona e girassol, por exemplo. "O Thermogreen é a era do biodiesel chegando à indústria calçadista", compara Flávio Faustini, diretor da Formax. A empresa é líder brasileira no fornecimento destes insumos e incorporou a busca de soluções para negócios sustentáveis a suas estratégias cotidianas.
Além de representar um avanço ambiental relevante, o novo produto tem significação comercial e econômica. Faustini destaca que o Thermogreen vai agregar valor e ajudar a desvincular o calçado dos custos crescentes dos derivados de petróleo, mantendo as propriedades e eficácia da formulação tradicional. Na prática, estes componentes, agora gerados a partir de fontes vegetais, chegam ao mercado com preço similar ao dos petroquímicos. Os ganhos, portanto, são no sentido de avanço concreto na questão da sustentabilidade do planeta. O mundo deve consumir 16,3 bilhões de pares de calçados em 2007. Mais de 700 milhões são produzidos no Brasil. Os contrafortes, usados como reforço interno na altura do calcanhar, e as couraças, utilizadas com a mesma função sobre o peito do pé, estão em grande parte desta produção.
SOLUÇÕES PARA OS DESAFIOS GLOBAIS
Outra característica ambiental importante do Thermogreen é que pode ser integralmente reciclado. A Formax, aliás, é pioneira na reciclagem da matéria-prima usada em couraças e contrafortes, mesmo quando de origem petroquímica. Desde a década de 90, recolhe as sobras do produto, que chega às indústrias do calçado na forma de lâminas. São recuperadas todas as aparas resultantes do corte e até o que resta das operações de desbaste. Tudo é reaproveitado como novo composto de matéria-prima.
"Não ficamos só no discurso", afirma o empresário, explicando que o conceito de sustentabilidade está fortemente incorporado à cultura da Formax. "Nossas diretrizes e nossos projetos visam o desenvolvimento de novos produtos, tecnologias e sistemas, capazes de enfrentar os mais importantes desafios globais da atualidade, relacionados, sobretudo ao meio-ambiente e a negócios sustentáveis", sintetiza. Aliás, outras linhas de contraforte e couraças da empresa, como a Thermofort, por exemplo, também irão incorporar esta tecnologia, segundo Faustini.

Um comentário:

Anônimo disse...

Olá Dimas,
Acabei de ver o Blog...
sensacional! Parabéns por ele e obrigada pelo espaço.
Beijos e boas festas de final de ano
CRISTINE PENNA
BMA Informação