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quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Apontamentos sobre a inauguração da restauração do Paço Municipal

"Meu coração renovado", "deixa o coração falar", "controlar o coração", "o coração mandou fazer". Por várias vezes em sua fala, na tarde desta quinta-feira, 27, durante a inauguração da restauração do Paço Municipal Maria Quitéria, o prefeito José Ronaldo de Carvalho se referiu ao seu "coração de menino". Acabou pedindo desculpas ao cardiologista João de Deus, que o acompanha, por ter falado mais que o recomendado. Por fim, deixou "um beijo no coração de todos". A primeira-dama Ivanette Rios de Carvalho esteve sempre ao lado do prefeito.
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"Vamos estar juntos por Feira de Santana em 2008", disse o prefeito José Ronaldo, considerando sobre a unidade do grupo político que comanda frente as eleições municipais.
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Antes da chegada do prefeito, o mestre de cerimônias Itajay Pedra Branca leu por várias vezes uma nota sobre recomendações aos presentes, para que não cumprimentassem, abraçassem e tocassem José Ronaldo. Sugeriu apenas acenos para o chefe do Executivo.
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Dois ex-governadores da Bahia entre os convidados presentes, ambos com direito a fala. O atual senador César Borges e o presidente do Democratas na Bahia, Paulo Souto.
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Um deputado federal, Fernando de Fabinho, mais sete deputados estaduais estiveram presentes: Gildásio Penedo, líder da oposição, Heraldo Rocha, líder do Democratas, Eliedson Ferreira, Jurandir Oliveira, Rogério Andrade, Sandro Régis e Tarcízio Pimenta.
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Dois ex-prefeitos marcaram presença: José Raimundo de Azevêdo e José Ferreira Pinto.
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Todo o secretariado municipal marcou presença no evento.
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A maioria dos vereadores governistas prestigiou a inauguração. Entre os ausentes, Luciano Paim, que está em lua-de-mel.
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Cinco nomes citados como prefeituráveis estavam presentes no palanque: deputado federal Fernando de Fabinho, deputado estadual Tarcízio Pimenta, vice-prefeito e secretário de Transportes e Trânsito Antônio Carlos Borges Júnior, ex-deputado federal Jairo Carneiro, e ex-secretária de Estado da Educação Anaci Paim.
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Orlando Santiago, de Santo Estevão, também presidente da União dos Municípios da Bahia (UPB), Neuza Santos, de Coração de Maria, Paulo Ribeiro, de Santanópolis, Moacir Brandão, de Tanquinho, José Augusto Vieira, de Anguera, e Antônio Pimentel, de Governador Mangabeira, foram prefeitos de cidades da região presentes.
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Em seu pronunciamento, o senador César Borges lembrou de seus "laços profundos" com Feira de Santana e colocou-se como "trabalhador" por este município. Contou de sua participação no processo de aprovação pelo Senado da autorização do empréstimo da Prefeitura junto à organismo internacional para construção de viadutos.
Ele ainda declarou que José Ronaldo "saberá escolher o melhor para conduzir os destinos da cidade no futuro" e alertou que o eleitorado "não se deixe iludir por ninguém".
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A sucessão muncipal esteve em pauta em todas as considerações de quem usou a palavra. Orlando Santiago falou que a gestão de José Ronaldo marca "Feira antes e depois dele" e "é um exemplo para a Bahia e o Brasil". Ele também fez alerta sobre o futuro: "A questão de Feira não é de ideologia, mas de homem de bem, de caráter. O eleitorado precisa ser justo nas urnas".
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Paulo Souto considerou que cada um deve refletir o que significa a gestão de José Ronaldo no voto em seu sucessor. "Feira precisa continuar no caminho de progresso", recomendou.
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Em sua fala, José Ronaldo deu uma alfinetada no governador Jaques Wagner, que insiste em olhar no retrovisor, criticando seus antecessores (Antonio Carlos Magalhães, Paulo Souto e César Borges), afirmando que "nunca agredi nenhum prefeito anterior". Para ele, "temos que reconhecer o valor de cada um".

3 comentários:

Anônimo disse...

Figuras carimbadas como retrógadas, a exemplo de Colbert Martins, Zé Neto e outros ainda menps votados, não devem tomar assento na cadeira de prefeito de Feira de Santana, pois seria um retrocesso para o desenvolvimento da cidade.

Anônimo disse...

http://www.jornalfeirahoje.com.br/conteudo.php?codcolunista=5&codconteudo=461

JAQUES WAGNER

Governador. Já está hora de governar. É preciso dar um basta nesse imobilismo. Dar um basta no seu secretário de Cultura seria uma “Boa Idéia”. A segurança ficou pior; a educação avizinha um buraco negro; a saúde vive seus piores dias; no hospital Geral Cleriston Andrade (HGCA), etc. etc,. etc... as ações são teóricas e o humanismo fugiu, escafedeu-se. Falar, falar e falar, para quem se justifica pode ser bonito, mas o seu governo está muito feio.

Anônimo disse...

Educação: Prioridade



José Celso de Macedo Soares - Almirante, Escritor , Membro do Conselho Técnico da Confederação Nacional do Comércio



Tenho acompanhado discussões que se travam a respeito de nosso crescimento. Não crescemos por causa das altas taxas de juros, dizem alguns.Há que se respeitar a política monetária. Sem estes juros a inflação voltará, dizem os monetaristas.Mas, afinal de contas quem está com a razão? Nem um nem outro. Não crescemos, como devíamos, porque descuramos do essencial: a educação do povo em geral. Nosso sistema educacional público está em frangalhos, desde o fundamental ao superior. O estigma do analfabetismo continua sempre a nos perseguir, malgrado os esforços dos governos. Falo do analfabetismo funcional. Ler e não entender o que se lê é o que acontece, atualmente, com a maioria de nossas crianças. Os dados do IBGE- Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, em estatísticas recentes, mostram que 95% dos brasileiros de 15 a 19 anos, das famílias mais pobres, terminam a 1ª serie do ensino fundamental, mas só metade deles completa a 5ª serie.12% da população ainda é analfabeta. No ensino médio a expectativa de conclusão é de 74%.
Mas, somente 6% dos alunos que iniciaram o ensino fundamental terminam o curso superior.Nos países desenvolvidos esta porcentagem chega a 70%.O panorama atual do ensino brasileiro é dos mais desalentadores. Vai desde a centralização excessiva das decisões, em poder do Ministério da Educação, até a deficiência dos salários e a falta de responsabilidade profissional de alguns professores
Por outro lado, a influência jesuítica na nossa cultura gerou inusitada procura do titulo de “doutor”, ânsia de entrar na Universidade, revelada por todas classes sociais. Nossas leis, com preponderante influência do “bacharelismo” concedem toda espécie de vantagens aos que possuem o chamado curso superior, as quais vão desde gratificações especiais até prisão especial. Isto sem falar do problema do falso status e, já agora, do foro privilegiado...
Baixando um degrau, analiso o atual 2º grau. Aqui reside nossa maior fraqueza. É a inexistência de escolas profissionais ou escolas técnicas para prepararem o profissional de grau médio. A Alemanha, que tem maravilhoso sistema educacional, presta especial atenção a esta parte do ensino. Na nossa especialidade, Engenharia Naval, estes técnicos são a base de toda indústria naval alemã. São o elo entre os engenheiros diplomados, cuja finalidade é principalmente projetar, e o mestre que, dirige as oficinas. São verdadeiros engenheiros que, em curso de três anos, 1(um) pelo menos trabalhando em fábricas, adquirem todo conhecimento prático e com suficiente teoria para conduzir o trabalho no campo.Onde estão no Brasil escolas públicas semelhantes? Salvam-nos, neste campo, as excelentes escolas do “Senac” e do “Senai”, conduzidas pelo esforço da iniciativa privada.
Chego agora ao 1º grau. Ai reside a maior desgraça de nosso ensino público. No interior, nem se fala. O elevado índice de faltas dos professores causa o desinteresse dos alunos pelas matérias em ensino. A maioria dos alunos deixa a escola ao término da 1ª serie. A falta de assistência é total. No, entretanto neste estágio do ensino é que se devem concentrar todas atenções. A municipalização total do ensino de 1º grau, prevista na Lei de Diretrizes e Bases da Educação, não passou de intenção na maioria de nossos municípios, dado os poucos recursos de que dispõem para tal. Municípios há em que as escolas ficam fechadas seis meses no ano escolar. A escolaridade compulsória, embora teoricamente legal, não é observada. A origem de tudo está no nosso defeituoso processo tributário em que a União fica com a parte do leão e os municípios com as migalhas.
Não está no escopo deste artigo detalhar as reformas necessárias no ensino para que possamos progredir como devíamos. O que desejo enfatizar é que não adianta falar em desenvolvimento com educação em frangalhos. O economista Carlos Langoni em seu excelente livro “A Economia da Transformação” demonstrou que a taxa de retorno dos investimentos em educação é superior a qualquer investimento em qualquer outro setor. Por compreenderem isto e que países como Japão, Coréia do Sul, Cingapura, com menores recursos naturais que o Brasil, com condições mais adversas do que nos, suplantaram-nos em desenvolvimento.
Não haverá desenvolvimento sustentável sem que concentremos esforços na melhoria do nosso sistema educacional. O resto é palavrório inútil. Como já dizia Confúcio: “Eduque as pessoas. Elas se tornarão ricas.”.