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terça-feira, 7 de julho de 2020

Visita a Masada e lembrança de filme


Na viagem que fiz a Israel, entre 18 de abril a 4 de maio de 2014, visita à fortaleza de Masada, que remeteu ao filme com direção de Boris Sagal, "Masada", lançado em 1981, que conta a epopeia de revolta dos judeus. O filme foi condensado de minissérie feita para a televisão.
O épico narra a história da invasão e tomada da fortaleza de Masada, que fica no topo de um penhasco rochoso, na parte ocidental do deserto da Judéia e vizinha do Mar Morto. 
Segundo historiadores, o rei Herodes, aliado de Otávio durante as guerras civis romanas e temendo os ataques de Cléopatra e Marco Antonio, mandou construir no ponto mais alto da colina, um palácio, reforçando e ampliando a antiga fortaleza, pois a sua difícil localização era considerada estratégica e inexpugnável.
Todo enredo do filme se baseia nas obras de Flavius Josephus, que era um dos líderes judeus na província de Jerusalém, antes da sua dominação pelos romanos. 
As qualidades da engenharia romana e o heroísmo e união dos rebeldes judeus de Masada que se contrapõem aos grupos que defenderam Jerusalém, que brigavam entre si, quando os legionários romanos se preparavam para tomarem a cidade.
O ano era 66 d. C. Os levantes eclodiam cada vez mais, prenunciando-se uma guerra de grandes proporções. Os zelotas comandaram uma revolta gigantesca que se espalhou da Galiléia à Iduméia, mobilizando as mais diferentes e conflitantes facções judaicas, com exceção dos cristãos.
Finalmente, depois de várias incursões, o governo romano logrou êxito no ano 70 d. C., ao enviar à Judéia, tropas lideradas por Vespasiano e, depois, por seu filho Tito, sendo Jerusalém cercada e o templo destruído.
Masada foi o último foco de resistência contra o exército romano, caindo no ano 73 d. C., três anos após Jerusalém. Em sua defesa havia pouco mais de 900 pessoas, incluindo mulheres e crianças, e era comandada por Eleazar Ben Yair (Peter Srauss), que resistiu por dois anos.
Porém, foram dizimados depois pelos 15 mil soldados da quinta legião do exército romano, liderada pelo general Cornelius Flavius.
Na fortaleza, os zelotas acompanhavam os preparativos, pressentindo a eminência do assalto romano. Durante a noite, decidiram que prefeririam morrer a serem escravizados ou mortos por seus inimigos. Sacrificaram, assim, as mulheres e crianças, e depois os próprios defensores, até que restaram apenas dez e o comandante Eleazar. Tiraram sorte para ver qual deles sacrificaria os demais. Após isso, o último homem incendiou o palácio e lançou-se sobre a própria espada.
Os judeus que resistiram em Masada, preferiram a morte a tornarem-se escravos dos romanos e tiraram suas vidas com suas próprias mãos.
Desde então, Masada é considerada um símbolo de heroísmo e nacionalismo judaico, exercendo um forte apelo à liberdade e a independência israelense.
É lá que novos recrutas das forças de defesa de Israel fazem o seu juramento de fidelidade: "Masada não cairá nunca mais".

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