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Pioneiro entre os museus da
Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), da sua idealização aos dias
atuais, o Museu Casa do Sertão e Centro de Estudos Feirenses completou na
terça-feira, 30 de junho, 42 anos de um devir de ações e estratégias a fim de promover
a conservação, investigação e comunicação do patrimônio cultural sertanejo.
Para comemorar, o público é convidado a conhecer a mais recente produção
audiovisual, disponível na Internet (Clique acima)
A proposta aborda a
sugestiva narrativa do cordel "Casa do Sertão", de João Crispim Ramos,
criado na campanha de arrecadação de fundos para a construção do espaço que
hoje abriga o Museu, inaugurado em 1978. A genuína composição, com a devida
licença poética, alude um inventário material de potenciais acervos de couro,
ferro, barro, madeira, fibra e peculiaridades que deveriam fazer-se presentes
na eminente instituição.
Neste resgate, a icônica escrita
de Ramos é perpassada por imagens dos espaços e parte do acervo, e
registram os resultados materiais da exitosa campanha que tinha por objetivo
abrigar do esquecimento, reminiscências de um tempo e de sujeitos históricos. E
dessa forma:
"O turista vai então
Dizer pelo mundo inteiro
Que Feira de Santana
Tem algo belo, altaneiro
E que numa casa viu
O Nordeste brasileiro."
A iniciativa atende à vivência com o atual cenário e a necessidade
do distanciamento social que projetam ao aniversariante novos desafios para o
cumprimento de sua missão museológica, ou seja, fruir e estimular a apropriação
de memórias e dos bens culturais sob sua guarda. E segue as recomendações do
Instituto Brasileiro de Museus para que instituições de todo o país se façam
presentes através do engajamento digital e da ampliação de conteúdo online
disponibilizados à população.
Cultura e Diversidade
A implantação da instituição
museológica no Campus Universitário foi resultado do desejo e empenho de
membros da comunidade, em especial do Lions Clube de Feira de Santana. A gênese
desse aprazível recanto cultural remete a diversificadas fontes de inspiração,
como as "Cartas da Serra" em que o jurista
e poeta Eurico Alves Boaventura pontuou a importância da institucionalização de
aparatos de memórias que proporcionem características e origens da cidade.
Aliado a isso, a militância
intelectual de abnegados apoiadores que fomentaram a preocupação em
salvaguardar vestígios materiais da cultura popular. Foi considerado um resgate
do que se encontrava em franco processo de desuso ou silenciamento, face a
dinâmica social.
A heterogeneidade e
inventividade do seu acervo, com coleções relacionadas aos artefatos de usos e
costumes, de criações artísticas populares e de itens documentais e
bibliográficos, fundamentaram uma sistemática interatividade com variados
públicos. Ao longo desses anos, o Museu Casa do Sertão tem promovido atividades
reflexivas sobre memória e estética sertaneja por meio das exposições
permanentes, temporárias e itinerantes, das ações culturais e educativas e
apoio às pesquisas relacionadas ao seu acervo.
Acesse também:
Facebook: Museu casa do sertão - Uefs
Instagram: @museu.casa.do.sertao
Contato email: museucasadosertao@uefs.br
(Com informações de Everaldo
Goes)
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