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domingo, 19 de julho de 2020

In memoriam do artista plástico Geraldo Santana


1. Artista plástico Geraldo Santana
2 e 3. Geraldo com as amigas Marta, Isa e Lourdes
4. Geraldo em atividade na Uefs
5, 6, 7 e 8. Trabalhos de Geraldo Santana
Fotos: Álbum de família

Nestes tempos de isolamento social, a notícia do falecimento de Geraldo Ribeiro de Santana, que completaria 69 anos em 27 de outubro. Foi há quase dois meses, no dia 23 de maio, acometido de um AVC.
Quem era Geraldo Santana? Um artista plástico, que cursou Desenho Artístico na Universidade Federal da Bahia (UFba), a partir de 1971 - não quis se formar. No Rio de Janeiro, também cursou Belas Artes. Ele gostava mais de fazer obras em tinta óleo e desenhos realistas com lápis de cor.
Fez duas exposições de seus trabalhos, participando do Salão de Artes Plásticas do Museu Regional, em 1977, quando ganhou menção honrosa, e uma exposição na Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) no início dos anos 2000. Foi autor da capa do livro "Maristela", romance de Luiz Ademir Souza.
Geraldo foi servidor da Universidade do Estado da Bahia (Uneb) e da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), onde se aposentou atuando na parte de engenharia da instituição. Foi a sobrinha dele, Andréa Santana de Freitas, quem deu informações para o Blog Demais sobre o artista. "Acredito que ele elaborou o projeto do pórtico do campus universitário, entre outras áreas de convivência da Uefs", afirmou.
Geraldo Santana era membro da Ordem Rosacruz em Feira de Santana e tinha um estilo esotérico de viver.
Dois testemunhos sobre Geraldo Santana
Livre, leve e solto

Por Marta Maria Pires Freitas

"Falar de Geraldo é uma tarefa fácil. E, também, extremamente difícil. Porque meu amigo era uma pessoa de uma simplicidade tocante e, ao mesmo tempo, de uma profunda complexidade. Eram essas duas qualidades, por sinal, que faziam dele um grande artista. Carismático, orbitava na dualidade, como a Terra em torno do sol. Tinha a alegria das crianças e a rabugice dos velhos. Alterava o bom humor com a dificuldade natural de existir em um mundo que não suporta pessoas livres. E Geraldo era livre. Livre, leve e solto como as borboletas. Mais que um amigo, Geraldo foi meu cúmplice, meu irmão, com quem trocava as alegrias e tristezas da vida. Tínhamos uma relação de amor profundo. Sua partida deixou um enorme vazio em todas as pessoas que tiveram o privilégio de conviver com ele. Quando penso na alma boa de Geraldo e na possibilidade da existência depois da morte, vem à minha mente o poema Irene de Manuel Bandeira. Geo, realmente, não precisaria pedir licença para entrar no céu."

Mais que amigo, um irmão
Por Alyrio Ribeiro


"Foi no ano de 1976 que conheci Geraldo, eu recém-chegado em Feira de Santana, tendo vindo em busca de melhores oportunidades de aprendizado e trabalho, foi também o ano em que completei 18 anos.
Um colega de curso no Senai me dizia: tenho um colega de trabalho que tem tudo a ver contigo, ele dizia que se nos conhecêssemos nos tornaríamos amigos, e insistia em nos apresentar, o que acabou acontecendo numa noite em que ele teve a oportunidade, ele criou uma situação, convidou Geraldo para ir a uma reunião na casa de um colega de curso onde eu estava presente. O nosso amigo nos chamou e disse: vocês são muito parecidos, tem tudo a ver um com outro, e saiu, foi conversar com outras pessoas. Assim começou nossa amizade. À medida que a conversa fluía ficava evidente as afinidades, o interesse comum, a visão de vida, de mundo.  No final da conversa veio o convite de Geraldo: passa lá em casa amanhã, num tempo em que não havia celular e redes sociais os encontros eram presenciais.
Na manhã seguinte eu estava lá em sua casa, na rua Barão do Rio Branco, e dali por diante foram muitos os dias em que estive presente, me tornei amigo de seus pais, irmãos e sobrinhos, os seus amigos se tornavam meus amigos, meus amigos seus amigos, e todos viam, sabiam que nossa amizade era especial, dessas raras, incomuns. E assim foi, até o fim de seus dias na terra. Foi tudo tão fluído, divertido e incomum, tão raro… Saudades amigo, belas recordações de tantos momentos vividos juntos."

Um comentário:

BRASILcentral.mediapress disse...

Dimas, irmão, um grande abraço.
Quero expressar minha imensa dor diante da perda do amigo e artista Geraldo Santana, autor da capa do livro Maristela, romance da minha autoria. 53 anos de amizade verdadeira. A Bahia perdeu um dos seus maiores gênios. PAZ. Grato.
LUIZ ADEMIR SOUZA, luiz.ademir2013@gmail.com