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sexta-feira, 31 de julho de 2020

Há 130 anos, um momento esplêndido da Feira de Sant'Anna

A Fundação Senhor dos Passos, através do Núcleo de Preservação da Memória Feirense Rollie E. Poppino está lançando o livro “Inauguração da Bibliotheca Publica Municipal”, com registros de um momento muito precioso da história de Feira de Santana. O evento ocorreu em 6 de novembro de 1890. A publicação tem como organizadores os memorialistas Carlos Brito e Carlos Mello. A apresentação é do jornalista e memorialista Dimas Oliveira, que também é o coordenador editorial da publicação, cujos dados foram obtidos na Biblioteca Nacional de Portugal.

Apresentação

Dimas Oliveira

Quando li este material, que traz a lume registros históricos de nossa cidade, fiquei como que encantado. Que prazer conhecer os belos discursos de Dr. Remédios Monteiro, do advogado Miguel Ribeiro de Oliveira, do Dr. Antônio Ramos e do Dr. Manoel Daltro Pedreira França, no dia da  inauguração da Bibliotheca Publica Municipal da Feira de Sant’Anna, em 1890. Cheguei a me imaginar participando daquele momento mágico. Principalmente quando os oradores  falaram sobre a cidade estar caminhando na vanguarda da civilização e do progresso, cuidando também de impulsionar a atividade mental, o desenvolvimento da educação e o gosto pela literatura.

Historicamente, memorialísticamente, essa compilação é um tesouro, mais uma joia admirável. Um esplêndido momento, um fato marcante da cidade que evoca hoje expectação como no pretérito. É o passado perto de nós. O tempo passa e deve-se reverenciar os personagens que há 130 anos acreditavam no futuro. Tenho certeza de que vai haver um sorriso deleitoso, no rosto de todos, quando fizerem a leitura desta obra de grande valor histórico para a comunidade feirense. A começar pela maneira de expressar de então.

Aos seis dias do mês de novembro do ano de mil oitocentos e noventa, segundo da República do Brasil, que foi inaugurada a Bibliotheca Publica Municipal da cidade da Feira de Sant'Anna, no salão térreo do Paço Municipal. Foi uma festa da inteligência quando tudo exprimia alegrias. Na época, foi salientada a glória de Feira de Santana ser a primeira e a única cidade que no interior do Estado da Bahia criou uma biblioteca pública, procurando por este meio alargar a esfera intelectual, o nível intelectual dos seus habitantes, e colocá-los em contato com os focos de luz, seguindo de perto bons exemplos de cultura.

Graças ao trabalho incessante de garimpagem do professor e memorialista Carlos Brito, do Núcleo de Preservação da Memória Feirense Rollie E. Poppino - que tem sido fiel depositário de ecos e impressões do pretérito -, que se chega, sem embargos para todos que se importam com Feira de Santana, as rememorações históricas como a ata e os discursos da inauguração da Bibliotheca Publica Municipal. A garimpagem se deu na Biblioteca Nacional de Lisboa.

Situada em vasto salão rodeado de janelas, tapetado e forrado de papel parede, a Bibliotheca contava com cinco estantes grandes, com cerca de mil volumes. Livros franceses e portugueses vieram de Paris e Lisboa. A Bibliotheca abria às 10 horas e fechava às 21 horas, com intervalo entre 15 e 18 horas.

Então, eram habitantes de Feira de Santana, 4.454 pessoas, sendo 2.619 mulheres e 1.835 homens, e a cidade contava desde 1876 com a Estrada de Ferro e o Telégrafo. Possuía Hospital, Asilo, Matriz e Escolas. Passava por transformação progressista com o desaparecimento de pequenas e mal-acabadas propriedades com a criação de novas e espaçosas praças e ruas, com a construção de matadouro público, com a colocação de estátua do Padre Ovídio, com a construção de um hipódromo e outros melhoramentos materiais.

 


Um comentário:

Anônimo disse...

Que maravilha! Lançamento do livro “Inauguração da Bibliotheca Municipal”. Mais um esforço de Carlos Brito, no seu espetacular papel de agir e provocar estímulos no contexto de ações bem estruturadas pela preservação da memória de Feira de Santana e que conta com o apoio da Fundação Senhor dos Passos, com seus abnegados membros, e de pessoas como Carlos Melo e Dimas Oliveira. Mais uma grande iniciativa no contexto histórico de registro de eventos e de recordações relacionadas à vida de Feira de Santana. Vibro muito com estas iniciativas pela importância que tem o contexto da preservação da memória na formação de uma consciência coletiva vinculada a âmbito de inserção cultural e de perspectiva de consolidação da identidade coletiva de nossa cidade, onde referências ao passado representa muito para projeções do futuro. E como é bom observar um fato histórico vinculado ao contexto de uma biblioteca.Uma biblioteca instalada na nossa cidade há 130 anos. Nossa! Como é nobre o contexto de uma biblioteca! E sempre será nobre, até com o uso de avanços tecnológicos, a ideia de uma biblioteca. Muito temos a refletir, para o presente e o futuro, a partir deste importante registro histórico ora anunciado. Feira de Santana ganha muito com isto. Artur Renato Brito de Almeida, um feirense, de São Paulo.