A minirreforma eleitoral, que o Senado deve votar
nesta terça (17), é a reação dos políticos para repor a montanha de dinheiro
que a cada eleição tomavam de empresas fornecedoras do governo. A investida do
Congresso diretamente no bolso do contribuinte, sem a intermediação de
empreiteiras, começou no auge da Lava Jato, quando o acintoso Fundo Partidário
saltou de R$ 308,2 milhões em 2014 para R$ 811,3 milhões em 2015, enfiados goela
abaixo do País. Era só o começo.
Fundo sem vergonha
O Fundão Eleitoral de 2018 foi de R$ 1,7 bilhão,
mas políticos tentam incluir no Orçamento previsão de até R$ 3,7 bilhões para a
eleição 2020.
Nunca ousaram tanto
Vítimas da corrupção, os brasileiros terão de pagar
as multas e até os advogados de políticos pilhados em vigarices gerais.
Ressurge o Caixa 2
Com o Fundo pagando até advogado de candidato, vão
se multiplicar casos de superfaturamento de honorários para o "caixa 2" da
clientela.
Vai ser uma festa
A minirreforma autoriza partidos a fazer negócios
como comprar sedes, aviões, carros, o que quiserem, com o dinheiro público do
Fundo.
Fonte: Claudio Humberto
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