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quarta-feira, 18 de setembro de 2019

Dia da Cidade: Sobre a Bandeira de Feira de Santana


Por Adilson Simas
A Bandeira de Feira surgiu através de um projeto de lei que em 1966 o prefeito Joselito Falcão de Amorim enviou com as devidas justificativas para a apreciação da Câmara Municipal.
Sem maiores discussões no segundo e último período da V Legislatura a Câmara transformou o projeto na Lei nº 507 que o prefeito sancionou em 19 de dezembro de 1966, quatro meses antes de concluir sua gestão.
A Lei, conforme publicado na imprensa local, também foi assinada pelo servidor público Tancredo André dos Santos, secretário de Finanças; o engenheiro José Joaquim Lopes de Brito, o Doutor Brito, que era o secretário de Viação e Obras Públicas; o professor Almiro Vasconcelos, que comandava a Secretaria de Educação e Cultura; o agrônomo Antonio Freitas Costa, secretário de Agricultura e pelo médico Augusto Matias, secretário de Saúde e Assistência Social.
Coube, porém ao prefeito João Durval, que sucedeu Amorim no comando do poder executivo, tomar as medidas seguintes para colocar em execução a Lei que no seu Artigo 1º, além da Bandeira, também instituiu o Brasão do Município.
O grande momento aconteceria somente em 1968, mas precisamente em 26 de julho, dia em que se comemora Senhora Santana, a Padroeira da Cidade.
O local escolhido para a solenidade foi a praça da Bandeira, com grande presença popular e inúmeras autoridades convidadas, entre elas o governador Luiz Viana Filho. Naquele dia foram oficializadas nove bandeiras, constituídas, conforme determinava a Lei, por 16 faixas nas cores alternadas de verde e vermelho, dispostas duas a duas paralelamente no sentido horizontal e vertical em banda e em barra, partindo de um retângulo branco central, onde está aplicado o Brasão.
O bispo diocesano dom Jackson Berenguer Prado procedeu a benção das bandeiras que foram paraninfadas por duas personalidades da vida feirense:
João Marinho Falcão, que além de vereador nos anos 30 e prefeito nos anos 50, foi um dos mais prósperos homens de negócios da história de Feira de Santana e D. Maria Bereniza Bahia da Silva, filha do ex-intendente Bernardino Bahia e viúva do ex-intendente e ex-prefeito Arnold Silva.
Conforme ata lavrada pelo jornalista Helder Alencar, assistente do prefeito, cinco das nove bandeiras foram destinadas ao prédio da Prefeitura.
As outras, em número de quatro, foram distribuídos com a Câmara Municipal, Fórum Filinto Bastos, Biblioteca Municipal e Ginásio Municipal.
Sobre a escolha do verde, vermelho e branco para a bandeira, especulou-se que assim se fez para que as cores da cidade fossem também as cores do Fluminense que desde 1954 representava Feira de Santana no campeonato baiano de futebol profissional. Essa versão surgiu quando a AD Bahia de Feira precisou trocar de nome para continuar no profissionalismo, por exigência do presidente da FBF, Carlos Alberto de Andrade, alegando que não poderiam existir dois clubes com o mesmo nome na disputa do campeonato.
Criou-se o Feira Esporte Clube, que não podendo adotar as cores da cidade, pois elas já estavam no uniforme do Fluminense, seus dirigentes optaram pelo vermelho e amarelo contidos no símbolo da Diocese da Cidade.
A propósito, vale lembrar que a mesma Lei 507 que criou a Bandeira e o Brasão de Feira também instituiu, através do artigo 2º, a Ordem Municipal do Mérito, para laurear pessoas com relevantes serviços prestados à cidade.
Sabe-se que apenas uma vez a Prefeitura teria recorrido ao artigo 2º daquela Lei. Segundo alguns, foi para homenagear o jornalista Assis Chateaubriand, presidente das Emissoras e Diários Associados e seu representante na Bahia, o também jornalista Odorico Tavares, diretor do extinto "Diário de Notícias", onde assinava a famosa coluna "Rosas do Vento".
Os dois jornalistas tiveram papel importante na implantação do Museu Regional de Feira de Santana.
Em 2005, na mesma linha da Lei 507, mas com maior dimensão, o prefeito José Ronaldo através do Decreto nº 792 de 11 de julho, criou a Ordem Municipal do Mérito de Feira de Santana.
Assim, a partir daquele decreto o prefeito condecora como comendadores e oficiais, personalidades com serviços prestados a esta cidade. As primeiras condecorações aconteceram ainda naquele ano.
Diferente do verdadeiro "rosário" de condecorações que a Câmara instituiu e concede ao longo das legislaturas, a Ordem do Mérito Municipal acontece apenas uma vez no ano se constituindo no ato principal do Dia da Cidade, quando é feita a outorga.
Fonte: "Blog Por Simas"

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