Nas páginas amarelas da revista "Veja", edição
desta semana, entrevista com o ministro da Cidadania Osmar Terra, onde ele
critica o cinema nacional.
"O senhor vem enfrentando embates com artistas e
produtores culturais desde que assumiu o Ministério", questiona a revista.
E ele responde: "Mais da metade dos filmes brasileiros não tem nem
1000 espectadores. Eles são malfeitos, normalmente usados para fazer proselitismo
político, mas receberam, em média, entre 4 milhões e 5 milhões de reais de
incentivos. Dos 17 filmes bancados por esses incentivos fiscais no ano passado,
164 praticamente não tiveram bilheteria nenhuma. Alguma coisa está errada.
Gosto de cinema. Um dia fui ver um filme desses financiados pela Ancine e havia
apenas três pessoas na sala. Não é à toa que eles não têm plateia. São muito ruins.
Para completar, identificamos 3500 filmes com prestação de contas irregular."
Osmar Terra diz mais que: "Acho que a maioria das pessoas é séria. Mas o
dinheiro é pago de forma adiantada. Se for um cara que não está nem aí, que
está querendo ganhar dinheiro, ele pega o dele, a produtora pega um tanto, o
diretor pega um tanto e os atores outro tanto. Aí faz o filme mais barato
possível, uma vez que cada um já recebeu o dele. Por isso os filmes não têm
trilha sonora, não têm encantamento, não têm nada. E, quando vão prestar contas
detalhadas, começam a aparecer absurdos, notas fiscais em série etc. A gente
não pode ignorar."
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