Pastora e advogada, ela tem um
histórico de lutas pró-vida e em favor da causa indígena
Foto: Divulgação
O futuro chefe da Casa Civil Onyx Lorenzoni anunciou nesta quinta-feira, 6, o nome de Damares Alves como titular do Ministério dos Direitos Humanos, Família e Direitos da Mulher. Nos últimos dias, a nomeação foi alvo de intensos debates, tanto por aliados quando por críticos do pesselista.
Ainda de
acordo com Onyx, a pasta que será comandada pela assessora parlamentar do
Senado ficará responsável pela gestão da Fundação Nacional do Índio (Funai),
entidade que dá assistência aos povos indígenas.
Enquanto
parte da imprensa tentava reduzir Damares à condição de "assessora de Magno
Malta", e "pastora", pinçando frases dela para pintar um retrato que não condiz
com seu histórico de décadas de lutas dentro do Congresso Nacional.
Alguns
parlamentares chegaram a dizer que Bolsonaro não deveria escolhê-la, preterindo
alguém com mandato eletivo. Contudo, esse mesmo tipo de crítica não foi feito
quando o capitão anunciou militares ou quadros com perfil técnico como o juiz
Sérgio Moro e o astronauta Marcos Pontes para serem ministros.
O grande
desafio de Damares será retomar as verdadeiras pautas de defesa dos Direitos
Humanos, transformadas em mera "defesa das minorias" nos governos do Partido
dos Trabalhadores. Além disso, sabe que receberá mais cobranças que a última
mulher a ocupar o posto, Luislinda Valois, que teve passagem apagada pela
pasta.
Assim que o
nome da pastora foi cogitado, cerca de 200 entidades manifestaram seu apoio,
incluindo ongs, grupos pró-vida, ativistas da causa indígenas, ciganos e
entidades de luta pelos diretos de portadores de necessidade especiais.
Tudo isso
fruto do trabalho que ela desenvolveu nos "bastidores" de Brasília, cerrando
fileiras com a Frente Parlamentar em Defesa da Vida e da Família, além de
movimentos como Brasil Sem Aborto e Brasil sem Azar.
O
reconhecimento é tanto, que o presidente da Aliança Nacional LGBTI, Toni Reis,
dizia não haver oposição ao nome de Damares dentro do seu movimento.
Para a
jornalista Sandra Terena, presidente da ong Aldeia Brasil, a escolha da
advogada para os Direitos Humanos é uma grande conquista para os povos
indígenas.
"A Damares
ama tanto o nosso povo que chegou a adotar uma filha indígena. Ela conhece as
reais necessidades das aldeias brasileiras. Creio que a nomeação da nova
ministra rompe um paradigma histórico e vai gerar esperança para todo o nosso
povo", comemora.
Para
Teresinha Neves, jurista pós graduada em Politicas Públicas e Gestão
Governamental, que trabalhou com Damares em várias causas no Congresso, "Ela é
uma guerreira, que fez doces limonadas dos limões que a vida lhe serviu; uma
menina que sofreu abusos sexuais a ponto de não lhe permitir ser mãe uterina,
mas que teve a alegria de adotar uma linda menina índia. Uma mulher que lutou
por seus direitos, que com muita dificuldade superou os traumas, cursou
Pedagogia e Direito e fez da sua vida um motivo de lutas pela vida de outras
crianças e famílias. Essa oportunidade de ser ministra é um retorno merecido à
quem já serviu, por mais de 20 anos".
Histórico
Nascida em
1964, Damares Alves é uma mulher tipicamente nordestina. Filha de um pastor e
uma dona de casa, de nome Guilhermina, a futura ministra cresceu morando
em diversas cidades do Nordeste.
Aos seis anos
de idade foi abusada sexualmente. O resultado dos abusos impossibilitaram que
ela gerasse uma criança no útero. Vencendo as dificuldades, estudou e se formou
como educadora e advogada, vindo a trabalhar como assessora parlamentar por
muitos anos.
No
Congresso Nacional sempre ergueu a bandeira dos direitos humanos. Ela
teve a coragem de quebrar o silêncio e trazer para a sociedade e para o
Parlamento o debate sobre o infanticídio indígena e a falta de assistência
médica e a dignidade humana das pessoas com deficiência em meio aos povos
tradicionais.
Atua nos
seguintes grupos:
Coordenadoras do Movimento Nacional pela Cidadania Brasil Sem Aborto
Coordenadora do Movimento Nacional Brasil Sem Drogas
Coordenadora do Instituto Flores de Aço com sede Brasília que milita em defesa dos direitos da mulher.
Uma das fundadoras do Movimento Brasil Sem Dor, que atua na prevenção da automutilação e autolesão e do suicídio de jovens crianças e adolescentes
Coordena a Campanha "Brasil Um País que Adota"
Membro do Programa Mundial Infância a Protegida
Fundadora da instituição e Movimento Atini - Voz Pela Vida que tem uma chácara em Brasilia onde são acolhidas as mães e crianças indígenas em situação de risco.
Co-idealizadora do Projeto Tekoê, que tem sede no Gama/DF e que também acolhe mães e crianças indígenas em situação de risco.
Coordenadoras do Movimento Nacional pela Cidadania Brasil Sem Aborto
Coordenadora do Movimento Nacional Brasil Sem Drogas
Coordenadora do Instituto Flores de Aço com sede Brasília que milita em defesa dos direitos da mulher.
Uma das fundadoras do Movimento Brasil Sem Dor, que atua na prevenção da automutilação e autolesão e do suicídio de jovens crianças e adolescentes
Coordena a Campanha "Brasil Um País que Adota"
Membro do Programa Mundial Infância a Protegida
Fundadora da instituição e Movimento Atini - Voz Pela Vida que tem uma chácara em Brasilia onde são acolhidas as mães e crianças indígenas em situação de risco.
Co-idealizadora do Projeto Tekoê, que tem sede no Gama/DF e que também acolhe mães e crianças indígenas em situação de risco.
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