Sob vaias de entidades municipalistas, gritos de "fora Dilma!" e reclamações de deputados, o Congresso Nacional adiou na noite
de terça-feira, 18, a votação de 12 vetos da presidente Dilma Rousseff
entre eles o que derrubou as novas regras para a criação de cidades. A sessão
foi transferida para abril após os líderes do Senado fecharem um acordo para
esvaziar a votação. O Senado atendeu um apelo do Planalto para discutir uma
proposta alternativa ao projeto que libera a criação de 269 municípios.
O recuo dos senadores irritou representantes de
entidades ligadas aos municípios que lotavam as galerias do plenário da Câmara
e dispararam uma série de vaias, além de ataques ao Congresso e ao Planalto.
Alguns manifestantes chegaram a gritar "fora Dilma!". Com discursos inflamados,
os deputados questionaram a posição dos senadores, sendo que apenas quatro
senadores compareceram à votação.
"É lamentável esse gesto dos senadores", disse o
líder do PPS, Rubens Bueno (PR). O deputado Gonzaga Patriota (PSB-PE) reforçou o
discurso. "O Parlamento está desmoralizado". Marcos Rogério (PDT-RO) afirmou
que a manobra era um "estelionato político". Essa é a segunda vez que o
Congresso adia a votação sobre regras para municípios. O governo negocia uma
alternativa para evitar a derrubada do veto. O Palácio do Planalto vai enviar
ao Congresso um novo projeto que restringe o surgimento de novas cidades ao
determinar que os municípios sejam criados preferencialmente nas regiões Norte
e Nordeste - que têm menor densidade demográfica.
Fonte: "Folha On-Line"
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