Por
Carlos Brickman
Este
colunista é do tempo em que comunista estudava. Não apenas estudava: tinha de
estar a par de todo o movimento cultural. Precisava ter lidoUlysses,
de James Joyce, na tradução de Antônio Houaiss; precisava ter lido Júlio
César, de Shakespeare, na tradução de Carlos Lacerda, para poder
falar mal.
Filmes como Morangos
Silvestres, ou O
Ano Passado em Marienbad, eram essenciais. Era difícil enfrentar
comunistas numa discussão: sempre estavam preparadíssimos.
E, claro, conheciam Napoleão
Bonaparte. Sabiam tudo de seu sobrinho Luís Bonaparte, o Napoleão III,
personagem de O
18 Brumário, de Marx.
Jamais diriam, como o comunista
moderno e governista Aldo Rebelo, [ministro do Esporte]
tentando explicar o atraso das obras da Copa, que Napoleão Bonaparte "reconquistou
a França em cem dias".
Não, Napoleão reconquistou a França em muito menos tempo: 12
dias, o suficiente para marchar triunfalmente de Golfe Juan, na costa francesa,
até Paris.
Os Cem Dias foram o período em que governou novamente o Império
Francês, até ser derrotado em Waterloo pelas tropas do Duque de Wellington.
Se João Amazonas e Maurício Grabois, os ícones do PCdoB,
ouvissem Rabelo, certamente o obrigariam a fazer uma bela autocrítica.
E indicariam alguém mais adequado para evitar confusões nas
obras da Copa.
Fonte:
Observatório da
Imprensa
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