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domingo, 12 de janeiro de 2014

"Bolsa Crack de SãoPaulo é uma vergonha no Brasil"



Por Jorge Oliveira
A preguiça mental dos petistas para pensar, projetar e executar projetos está levando o Brasil a bancarrota. Como num país capitalista que tudo é feito com e para o dinheiro, o governo do PT consegue a façanha de ser ainda mais selvagem quando se trata de resolver os problemas sociais a curto prazo usando o dinheiro do contribuinte. É o caso, por exemplo de São Paulo, onde o prefeito Fernando Haddad acaba de criar o "Bolsa Crack", que vai destinar 15 reais a 400 craqueiros da cracolândia, no Centro da capital,  para higienizar o local onde eles mesmos moram em 160 barracas que servem de abrigo e incomodam, segundo a Prefeitura, os olhos dos turistas e moradores da cidade.
 O Brasil hoje tem bolsa pra tudo. Basta o governo identificar um problema social que  logo saqueia o bolso do contribuinte para resolver a situação sem ao menos discutir o problema. Esse é retrato, sem retoque, de um governo incompetente que não encontra saída inteligente para os grandes males que afligem o país. É mais fácil sacar dinheiro do Tesouro para amenizar situações com soluções improvisadas e imediatistas do que pensar, planejar e executar um projeto a médio ou a longo prazo.
 A epidemia do crack no Brasil não se resolve com 15 reais. O problema é mais sério. A situação hoje é de calamidade e de saúde pública. Os craqueiros nada mais são do que vítimas impotentes de um governo estabanado que abandonou os investimentos sociais para projetar um "Avante Brasil", ou o "Brasil do Milagre Econômico" , slogans apregoados pela ditadura para esconder o Brasil real, a exemplo do que faz o PT quando manipula os índices econômicos e aumenta impostos à revelia numa atitude autoritária só dispensada aos déspotas.
 Você lembra dos primeiros comerciais da Dilma, candidata a presidente em 2010? Então, vou refrescar a sua memória. Em maio de 2010, a Dilma se apresentou na televisão em vários spots do PT com o slogan: "Brasil contra Crack" em que convocava a sociedade para uma brigada contra a droga que afetava a família brasileira. Ao ser cutucada pelo candidato tucano José Serra que a chamou de demagoga por tratar com tanta leviandade o problema do droga, quando se sabia que o PT era parcimonioso com  Evo Morales, presidente boliviano que incentiva o plantio da cocaína, base do crack, em seu território, Dilma saiu-se com essa: "Não podemos desprezar nossos vizinhos e olhar com soberba para países diferentes de nós. Essa é a política imperialista que leva à guerra, leva ao conflito, leva ao desprezo". Quase quatro anos depois, os fatos mostram que o governo brasileiro fechou os olhos para o seu "irmão" traficante a escancarou o mercado da droga vindo da Bolívia.
 O governo de Hadad, que vai de mal a pior em São Paulo, é o reflexo do que o marketing político pode produzir. Ele é, na verdade, o espelho da Dilma no Brasil: inexperiente e descoordenado do mundo real, mas ambos empurrados de goela adentro do eleitor como bons administradores. Haddad remunera em 15 reais os craqueiros para que eles ajudem nos serviços de rua. Oferece também alimentação e casas de triagem como se o problema se resolvesse com esses artifícios imediatistas.
A política petista para esse problema foi abandonada pela própria Dilma quando não liberou recursos para combater a epidemia que já afeta mais de um milhão e meio de pessoas no Brasil, ao contrário da propaganda que produziu na campanha eleitoral. O programa "Crack, é possível vencer" teve um desembolso de apenas 166 milhões de reais do total de 558 milhões, ou seja: 30% do que foi projetado para gastar. Isso mostra que a Dilma esqueceu os compromissos de campanhas, o que compromete suas promessas futuras nas eleições deste ano.
 O Tribunal Superior Eleitoral, portanto, faz vista grossa as promessas de campanhas. Uma lei do próprio TSE exige o cumprimento das propostas dos candidatos vitoriosos. Ao contrário da regra dos contraventores cariocas, nas campanhas eleitorais "não vale o que está escrito".
Fonte: "Diário do Poder"

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