O
senador mineiro Aécio Neves (PSDB) acusou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
de agir "como líder de facção" e de manchar a própria biografia, quando defende
os réus do mensalão e ataca a oposição "de forma extremamente agressiva" nos
palanques eleitorais. "O que nós estamos percebendo é que o lulismo da forma
que existia, quase messiânico, que apontava o dedo e tudo seguia na mesma
direção, não existe mais", afirmou o senador, para quem os ataques do petista
não têm surtido o efeito que ele desejava.
De olho na eleição de 2014, Aécio
realiza um périplo por cidades nordestinas, como Maceió, onde candidatos
tucanos disputam a Prefeitura. O objetivo tem mão dupla: de um lado, ele dá
impulso nessas candidaturas na reta final e de outro, fortalece seus laços
políticos com lideranças regionais para uma eventual candidatura presidencial.
Na passagem por Alagoas, ele fez uma carreata pelas principais ruas de Maceió
ao lado do candidato tucano Rui Palmeira, líder disparado nas pesquisas, e
depois seguiu para Arapiraca, onde o candidato do partido, Rogério Teófilo,
encontra dificuldades.
Em entrevista dada nesta sexta-feira, 28, num hotel na orla
de Maceió, Aécio deu resposta às declarações ácidas de Lula contra os tucanos
nos palanques eleitorais, principalmente em São Paulo. Segundo Aécio, o lulismo
está enterrado e os ataques mostram desespero do ex-presidente. "Claro que ele
(lulismo) sempre terá avaliações positivas em algumas regiões de sua
influência, mas da forma como existia no passado, estamos percebendo que não
existe mais", enfatizou.
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Estado.
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