Em 7 de fevereiro deste ano, o Blog Demais publicou a carta "Retrospectiva de uma Traição( de Colbert)", na qual Tiago Martins, vice-presidente do PPS Bahia, conta sobre a atitude do deputado federal Colbert Martins Filho, que abandonou o partido pelo qual foi eleito e se bandeou para o PMDB, para ser liderado pelo ministro Geddel Vieira Lima.
Com a recente denúncia contra o secretário Ildes Ferreira, da Ciência, Tecnologia e Inovação, a carta do membro do PPS volta à tona, com novos ingredientes. É o que os leitores verão a seguir, com as novas constatações de Tiago Martins:
Há alguns meses, depois que o governador Wagner foi eleito, a imprensa publicou sob o título "Governador eleito conclui anúncio do primeiro escalão", uma reportagem no mínimo curiosa, pois afirmava que "(...) Já na Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação, o feirense Ildes Ferreira de Oliveira foi indicado para preencher a cota destinada ao PPS".
Aí vem um fato curioso, pois a indicação não era do PPS, era do então presidente do partido, o infiel, Colbert Martins (deputado federal eleito pelo PPS em outubro de 2006 e diplomado em janeiro de 2007 pelo PMDB). O sociólogo Ildes Ferreira (vice-presidente do diretório municipal de Feira de Santana), não tinha nenhuma representatividade entre os dirigentes e filiados do partido, com sua história política reduzida às sombras do ex-prefeito feirense Colbert Martins (pai), quando foi secretário municipal e, ultimamente, seria o eterno candidato a vereador da "Princesa do Sertão". Em 1996, Ildes Ferreira foi candidato a vereador pelo PMDB (obtendo 1.711 votos) e Colbert Martins Filho, terceiro colocado nas eleições à Prefeitura de Feira. Com a ida de Colbert para o PPS, Ildes o acompanha e novamente se candidata a vereador em 2000, agora tendo seus 1.921 votos e Colbert tendo ficado em segundo na disputa pela Prefeitura Municipal. Já em 2004, na reeleição do prefeito José Ronaldo, Colbert novamente fica em segundo e Ildes novamente não consegue se eleger vereador, obtendo 1.561 votos.
Essa pequena trajetória entre a ligação do deputado federal Colbert Martins e o secretário Ildes Ferreira foram apenas para ilustrar o interesse do deputado em colocar alguém de sua extrema confiança e subordinação na Secretaria, pois quando ele largasse o PPS poderia levar a Secti com ele. A traição de Colbert foi totalmente premeditada e planejada, onde o fisiologismo e pragmatismo político se sobrepuseram em lugar de garantir e defender os programas e ideários do PPS, acreditando, com isso, na oportunidade de se eleger com a maior facilidade à Prefeitura de Feira de Santana.
O que já estava planejado foi concretizado. No final de dezembro de 2006, o deputado Colbert Martins vai a sua última reunião no PPS, onde é indagado por alguns militantes sobre sua permanência no partido. Mesmo confirmando que continuaria no PPS, o deputado infiel abandona o PPS dias depois sendo diplomando pelo PMDB e, levando com ele o deputado Raymundo Veloso. Em meados de abril, o secretário Ildes Ferreira também se desfilia do PPS. E, como foi noticiado por Raimundo Santana no site de Samuel Celestino, "Bahia Notícias" (28/04/2007): "A única indicação do PPS no primeiro escalão do governo Wagner, a Secretaria de Ciência e Tecnologia, já não é mais do partido. E a razão é a desfiliação da legenda do secretário Ildes Ferreira. Professor universitário e ligado ao deputado federal Colbert Martins (que está filiado ao PMDB), Ferreira encaminhou esta semana a comunicação ao diretório do partido em Feira de Semana, seu domicílio eleitoral".
Essa atitude premeditada do deputado Colbert Martins deixa claro seu caráter! Ele sabia que se eleito pelo PMDB não teria como negociar uma Secretaria para sua cota política. Então, resolveu ficar no PPS, se eleger, negociar uma Secretaria e depois trair o PPS, levando com ele a Secti(uma vez que o secretário Ildes é apenas uma peça a serviço do deputado). Com a saída de Colbert, leva também com ele Wilson Falcão (ex-tesoureiro do PPS durante a presidência de Colbert).
O PPS tem hoje quadros muito mais qualificados que o sociólogo Ildes Ferreira. Entre eles pode-se citar o próprio presidente estadual da legenda, professor doutor George Gurgel, que além do doutorado possui mestrado em Engenharia de Petróleo e Gás Natural, pela Universidade Appatrice Lumumba (UAL), Rússia; especialização em Economia e Tecnologia de Energia pela Universidade Federal do Rio Janeiro (UFRJ), ou professor doutor Amilcar Baiardi, que atualmente é professor titular da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia e da pós graduação da Universidade Federal da Bahia, pesquisador e coordenador de comitê assessor do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), tendo realizado o pós-doutorado na área de política de C&T no IMSS, em Firenze, Itália. Atua em ensino e pesquisa na área de Ciências Sociais Aplicadas, com ênfase em Gestão e Políticas de Ciência e Tecnologia.
Também poderia citar outros quadros populares socialistas, como por exemplo, o pré-candidato do PPS para Prefeitura de Salvador, Miguel Kertzman, a ex-deputada estadual Amabilia Almeida, o ex-deputado federal Elquisson Soares. Mas, Colbert queria um secretário que não seguisse as normas do partido e sim os seus interesses pessoais em se eleger prefeito de Feira.
Talvez isso explique o porquê da subcontratação da construtora que Wilson Falcão (ex-tesoureiro de Colbert) é diretor-executivo no valor de R$ 941 mil. Vale a pena lembrar que da mesma forma de Ildes Ferreira, Wilson Falcão também foi candidato a vereador em Feira em 2004 (ambos derrotados nas urnas, igual a Colbert).
Depois vemos o caso da ajuda familiar ao irmão do secretário, Ismael Ferreira que é pré-candidato a prefeito de Valente, cidade na qual a associação que Ismael dirige tem sede. Associação essa que recebeu da Secti R$ 36 mil. Se a Associação de Desenvolvimento Sustentável e Solidário da Região Sisaleira (Apaeb) recebeu essa ajuda da Secti "visando apoiar o projeto de informatização da fábrica de tapetes e carpetes de sisal que oferece mais de 500 empregos diretos". O que significa apoio desses empregados a eleição do irmão de Ildes a Prefeitura de Valente.
Para completar, a Secti assina um contrato no valor de R$ 306 mil com a empresa Advanx, que tem como proprietário Marco Eloy, que também é dirigente da Apaeb e assinou contrato após quatro meses de sua criação. O mais interessante é que a Advanx contratou funcionários que a própria Secretaria exonerou. Qual seria o real motivo de pagar via Advanx funcionários que já eram pagos pelo Estado?
Aí vem um fato curioso, pois a indicação não era do PPS, era do então presidente do partido, o infiel, Colbert Martins (deputado federal eleito pelo PPS em outubro de 2006 e diplomado em janeiro de 2007 pelo PMDB). O sociólogo Ildes Ferreira (vice-presidente do diretório municipal de Feira de Santana), não tinha nenhuma representatividade entre os dirigentes e filiados do partido, com sua história política reduzida às sombras do ex-prefeito feirense Colbert Martins (pai), quando foi secretário municipal e, ultimamente, seria o eterno candidato a vereador da "Princesa do Sertão". Em 1996, Ildes Ferreira foi candidato a vereador pelo PMDB (obtendo 1.711 votos) e Colbert Martins Filho, terceiro colocado nas eleições à Prefeitura de Feira. Com a ida de Colbert para o PPS, Ildes o acompanha e novamente se candidata a vereador em 2000, agora tendo seus 1.921 votos e Colbert tendo ficado em segundo na disputa pela Prefeitura Municipal. Já em 2004, na reeleição do prefeito José Ronaldo, Colbert novamente fica em segundo e Ildes novamente não consegue se eleger vereador, obtendo 1.561 votos.
Essa pequena trajetória entre a ligação do deputado federal Colbert Martins e o secretário Ildes Ferreira foram apenas para ilustrar o interesse do deputado em colocar alguém de sua extrema confiança e subordinação na Secretaria, pois quando ele largasse o PPS poderia levar a Secti com ele. A traição de Colbert foi totalmente premeditada e planejada, onde o fisiologismo e pragmatismo político se sobrepuseram em lugar de garantir e defender os programas e ideários do PPS, acreditando, com isso, na oportunidade de se eleger com a maior facilidade à Prefeitura de Feira de Santana.
O que já estava planejado foi concretizado. No final de dezembro de 2006, o deputado Colbert Martins vai a sua última reunião no PPS, onde é indagado por alguns militantes sobre sua permanência no partido. Mesmo confirmando que continuaria no PPS, o deputado infiel abandona o PPS dias depois sendo diplomando pelo PMDB e, levando com ele o deputado Raymundo Veloso. Em meados de abril, o secretário Ildes Ferreira também se desfilia do PPS. E, como foi noticiado por Raimundo Santana no site de Samuel Celestino, "Bahia Notícias" (28/04/2007): "A única indicação do PPS no primeiro escalão do governo Wagner, a Secretaria de Ciência e Tecnologia, já não é mais do partido. E a razão é a desfiliação da legenda do secretário Ildes Ferreira. Professor universitário e ligado ao deputado federal Colbert Martins (que está filiado ao PMDB), Ferreira encaminhou esta semana a comunicação ao diretório do partido em Feira de Semana, seu domicílio eleitoral".
Essa atitude premeditada do deputado Colbert Martins deixa claro seu caráter! Ele sabia que se eleito pelo PMDB não teria como negociar uma Secretaria para sua cota política. Então, resolveu ficar no PPS, se eleger, negociar uma Secretaria e depois trair o PPS, levando com ele a Secti(uma vez que o secretário Ildes é apenas uma peça a serviço do deputado). Com a saída de Colbert, leva também com ele Wilson Falcão (ex-tesoureiro do PPS durante a presidência de Colbert).
O PPS tem hoje quadros muito mais qualificados que o sociólogo Ildes Ferreira. Entre eles pode-se citar o próprio presidente estadual da legenda, professor doutor George Gurgel, que além do doutorado possui mestrado em Engenharia de Petróleo e Gás Natural, pela Universidade Appatrice Lumumba (UAL), Rússia; especialização em Economia e Tecnologia de Energia pela Universidade Federal do Rio Janeiro (UFRJ), ou professor doutor Amilcar Baiardi, que atualmente é professor titular da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia e da pós graduação da Universidade Federal da Bahia, pesquisador e coordenador de comitê assessor do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), tendo realizado o pós-doutorado na área de política de C&T no IMSS, em Firenze, Itália. Atua em ensino e pesquisa na área de Ciências Sociais Aplicadas, com ênfase em Gestão e Políticas de Ciência e Tecnologia.
Também poderia citar outros quadros populares socialistas, como por exemplo, o pré-candidato do PPS para Prefeitura de Salvador, Miguel Kertzman, a ex-deputada estadual Amabilia Almeida, o ex-deputado federal Elquisson Soares. Mas, Colbert queria um secretário que não seguisse as normas do partido e sim os seus interesses pessoais em se eleger prefeito de Feira.
Talvez isso explique o porquê da subcontratação da construtora que Wilson Falcão (ex-tesoureiro de Colbert) é diretor-executivo no valor de R$ 941 mil. Vale a pena lembrar que da mesma forma de Ildes Ferreira, Wilson Falcão também foi candidato a vereador em Feira em 2004 (ambos derrotados nas urnas, igual a Colbert).
Depois vemos o caso da ajuda familiar ao irmão do secretário, Ismael Ferreira que é pré-candidato a prefeito de Valente, cidade na qual a associação que Ismael dirige tem sede. Associação essa que recebeu da Secti R$ 36 mil. Se a Associação de Desenvolvimento Sustentável e Solidário da Região Sisaleira (Apaeb) recebeu essa ajuda da Secti "visando apoiar o projeto de informatização da fábrica de tapetes e carpetes de sisal que oferece mais de 500 empregos diretos". O que significa apoio desses empregados a eleição do irmão de Ildes a Prefeitura de Valente.
Para completar, a Secti assina um contrato no valor de R$ 306 mil com a empresa Advanx, que tem como proprietário Marco Eloy, que também é dirigente da Apaeb e assinou contrato após quatro meses de sua criação. O mais interessante é que a Advanx contratou funcionários que a própria Secretaria exonerou. Qual seria o real motivo de pagar via Advanx funcionários que já eram pagos pelo Estado?
2 comentários:
Que pena que esse Tiago Martins é do PPS de Salvador. Pimenta deveria convida-lo para apresentar seu programa eleitoral!!!
Sera que a comissão de direitos humanos não tem um motivo justo para investigar a administração da apaeb, pois o que me parece um trabalhador merece receber seus salarios em dinheiro e não sob regime de escravidão. Sou Valentense e me envergonho desta direção. Onde estão os direitos dos trabalhadores? a quem devemos fazer as denúncias de escravidão? onde esta a escrava ISAURA? Apareça pois já não aguentamos tanto castigo. Socorro!!!!!
Postar um comentário