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No Domingo de Páscoa

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quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Dudu Nobre é atração do Vozes da Terra

Em fase de divulgação de seu sexto disco, "Os Mais Belos Sambas Enredo de Todos os Tempos", Dudu Nobre aporta em Feira de Santana, neste sábado, 22, como atração nacional da sétima edição do festival de música Vozes da Terra, realização do Governo Princesa do Sertão, através da Secretaria da Cultura, Esporte e Lazer e da Fundação Cultural Egberto Costa.
“A cada disco que o artista lança é como se fosse o primeiro. Temos que trabalhar muito para que a nossa arte chegue aos ouvidos de todo o público. É uma luta constante e diária”, afirmou Dudu Nobre sobre o trabalho que vai mostrar nesta cidade. É a primeira vez que vem a Feira de Santana.
“Somos trabalhadores da música. Não adianta ficar em casa deitado na rede esperando pelo reconhecimento. Tem que ir à luta. Cantar pelo Brasil e pelo mundo, dar entrevistas, receber o carinho dos fãs e retribuir esse carinho com atenção e agradecimento”, considerou. Ele conclui que, “afinal sem o público, o que seria de nós?”.
Aos 32 anos de idade, Dudu Nobre nasceu no Rio de Janeiro. Sua mãe, Anita Nobre, naquela época, comandava as três rodas de pagode de maior sucesso nos subúrbios da cidade, onde ele, já na infância, costumava brincar com tantã e pandeiro com a mesma desenvoltura que seus vizinhos eram aplicados em bolas de gude e pelada de rua. E ele não negou o aprendizado nesse fundo de quintal.
O resultado é que aos seis anos começou a estudar piano clássico e aos nove ganhou o instrumento que se tornaria seu companheiro inseparável, o cavaquinho. Aí começou a sua trajetória.
Como músico, aos doze anos fez um circuito de shows pela Costa Azul da França com a Mocidade Independente de Padre Miguel e aos 15 rodou Suíça, Finlândia, Inglaterra e Alemanha, com a Companhia Brasiliana. De volta ao Brasil, ingressou na banda de Almir Guineto e depois tocou com Dicró e Pedrinho da Flor. Aos 19 anos, entrou para a banda de Zeca Pagodinho. Nessa mesma época ingressou na Faculdade de Direito que não chegou a concluir por absoluta falta de tempo. A música falou mais alto e o Brasil ganhou então um grande sambista em tempo integral. “O Zeca Pagodinho é um padrinho. E ele me diz que samba é uma paixão e que eu fui escolhido pelo samba”. A partir dali, Dudu teve músicas gravadas por Zeca, Fundo de Quintal, Almir Guineto, Leci Brandão, Martinho da Vila etc.
Em 2004, Dudu Nobre lançou seu primeiro DVD, gravado ao vivo no Canecão, Rio de Janeiro. O DVD/CD conta com o Grupo Fundo de Quintal, Lenine, Gabriel Pensador, MV Bill, Xande , do grupo Revelação, e Péricles, do Exaltasamba).
Em 2005, Dudu lançou “Festa em Meu Coração”, seu quinto trabalho solo. O CD muito bem recebido pela crítica especializada, que o considerou o melhor disco de samba daquele ano, tem entre músicas inéditas do próprio Dudu e seus parceiros, belas regravações de sambas antológicos de Candeia (“Pintura Sem Arte”), Pixinguinha (“Yaô”), Bezerra da Silva (“Pega Eu”) e Sinhô (“Gosto Que Me Enrosco”).
Sobre Dudu, o maestro Rildo Hora, o mais prestigiado produtor de samba do Brasil afirmou: “Dudu é fantástico, pois traz a informação de um jovem de trinta e poucos anos associada à melhor história do samba. É craque”.“Ele é o Zeca que deu certo, pois não bebe”, brinca o padrinho Zeca Pagodinho.E a lista de admiradores ainda inclui nomes da pesada como a cantora Beth Carvalho, o compositor Martinho da Vila, João Bosco e os letristas Aldir Blanc e Nei Lopes.
Dudu Nobre, mesmo quando brinca, e o que não falta é bom humor em muitas de suas composições, o faz com seriedade. Ou melhor, autoridade de quem surge na grande vitrine do samba como pedra rara. Preciosa.

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