Fotos: Divulgação
Adaptação do livro “Pelejas de Ojuara”, de Nei Leandro de Castro, o filme brasileiro “O Homem Que Desafiou o Diabo”, de Moacyr Góes, entra em lançamento nacional no Orient Cineplace, nesta sexta-feira, 28. Outras novidades são o drama “Instinto Secreto” e a comédia “Licença Para Casar”, enquanto que “Primo Basílio” continua em cartaz.
“O Homem Que Desafiou o Diabo” narra a história do caixeiro viajante Zé Araújo, que é obrigado a se casar depois de desvirginar a filha de um comerciante turco. Um dia, ao ouvir uma piada sobre sua situação, ele vira uma fera, destrói o armazém do sogro e dá uma surra na mulher. É quando se transforma em Ojuara (Araújo ao contrário), um “herói” brasileiro que se embrenha pelo sertão nordestino e arrebata corações femininos, como Mãe de Pantanha e Genifer, até que se confronta com o diabo. Conta com Marcos Palmeira, Flávia Alessandra e Fernanda Paes Leme.
“O Homem Que Desafiou o Diabo” narra a história do caixeiro viajante Zé Araújo, que é obrigado a se casar depois de desvirginar a filha de um comerciante turco. Um dia, ao ouvir uma piada sobre sua situação, ele vira uma fera, destrói o armazém do sogro e dá uma surra na mulher. É quando se transforma em Ojuara (Araújo ao contrário), um “herói” brasileiro que se embrenha pelo sertão nordestino e arrebata corações femininos, como Mãe de Pantanha e Genifer, até que se confronta com o diabo. Conta com Marcos Palmeira, Flávia Alessandra e Fernanda Paes Leme.
DRAMA
No drama “Instiinto Secreto”, Kevin Costner faz um homem exemplar na comunidade que guarda um terrível segredo: é também um serial killer, perseguido e investigado por uma detetive (Demi Moore).
No drama “Instiinto Secreto”, Kevin Costner faz um homem exemplar na comunidade que guarda um terrível segredo: é também um serial killer, perseguido e investigado por uma detetive (Demi Moore).
COMÉDIA
Na comédia “Licença Para Casar”, um casal de namorados pretende se unir em matrimônio, mas a tradicional igreja da família dela apenas realizará a cerimônia se ambos passarem por um curso de preparação de noivos. Eles aceitam a exigência, entretanto o curso é composto de aulas ultrajantes, estranhas lições de casa e invasões de privacidade. Tudo isso põe em risco o relacionamento entre os noivos.
Na comédia “Licença Para Casar”, um casal de namorados pretende se unir em matrimônio, mas a tradicional igreja da família dela apenas realizará a cerimônia se ambos passarem por um curso de preparação de noivos. Eles aceitam a exigência, entretanto o curso é composto de aulas ultrajantes, estranhas lições de casa e invasões de privacidade. Tudo isso põe em risco o relacionamento entre os noivos.
LITERATURA E CINEMA
O romance “O Primo Basílio”, de Eça de Queiroz, publicado em 1878, é considerado uma das narrativas mais fortes da literatura portuguesa, pela crítica à burguesia de classe média, crueldade e ironia que tem. O filme de Daniel Filho modifica elementos da trama original e um deles é a mudança de ambientação, que sai da Lisboa do século XIX para a São Paulo de 1958.Desde que foi lançado e 10 de agosto, “Primo Basílio” já foi visto por 682.196 espectadores. Destaque para a interpretação de Glória Pires como a empregada Juliana, que na trama inverte a sua posição. É a personagem mais completa da obra de Eça de Queiroz, sendo símbolo da amargura em relação à profissão. Feia, virgem e solteirona, ela não se conforma com sua situação e por isso odeia a tudo e a todos, não se detendo diante de qualquer sentimento de fundo moral, daí a fazer chantagem. Vale a ida ao cinema.
O romance “O Primo Basílio”, de Eça de Queiroz, publicado em 1878, é considerado uma das narrativas mais fortes da literatura portuguesa, pela crítica à burguesia de classe média, crueldade e ironia que tem. O filme de Daniel Filho modifica elementos da trama original e um deles é a mudança de ambientação, que sai da Lisboa do século XIX para a São Paulo de 1958.Desde que foi lançado e 10 de agosto, “Primo Basílio” já foi visto por 682.196 espectadores. Destaque para a interpretação de Glória Pires como a empregada Juliana, que na trama inverte a sua posição. É a personagem mais completa da obra de Eça de Queiroz, sendo símbolo da amargura em relação à profissão. Feia, virgem e solteirona, ela não se conforma com sua situação e por isso odeia a tudo e a todos, não se detendo diante de qualquer sentimento de fundo moral, daí a fazer chantagem. Vale a ida ao cinema.
Um comentário:
Perdas e perdas e perdas e perdas...
Wednesday, September 26, 2007 6:18 AM
Subject: Ildo Sauer
Sauer se despede com críticas
O ex-diretor de Gás e Energia da Petrobras, Ildo Sauer, afirmou nesta sexta-feira (21/9) que recebeu a notícia de seu afastamento da diretoria da estatal pelo presidente Lula sem alegria e sem espanto. Em uma longa carta de despedida endereçada aos "companheiros e amigos da Petrobras", Sauer, que esteve à frente da diretoria nos últimos quatro anos e oito meses, afirma que pode ter sido afastado do cargo não pelos seus defeitos, mas sim pelas virtudes das pessoas cujas lutas participou e continuará participando.
O ex-diretor da Petrobras afirmou que voltará a lecionar na Universidade de São Paulo (USP). Ele, no entanto, não poupou críticas aos governos Collor, Fernando Henrique Cardoso e ao próprio governo Lula. Para Sauer, o governo atual acabou cedendo a pressões para a ruptura dos contratos de fornecimento de energia elétrica de longo prazo das estatais a partir de 1 de janeiro de 2003 para que se instalasse o mercado livre. A decisão, na sua avaliação, casou um prejuízo de R$ 10 bilhões para as empresas públicas e pequenos e médios consumidores.
Ildo Sauer destacou ainda que o setor petróleo é hoje um campo de "dramáticas disputas econômicas e políticas". Para ele, a área de gás natural cresceu enormemente nas últimas décadas e foi a "ponta de lança" para a introdução das reformas liberais no setor elétrico nacional.
Leia abaixo a integra da carta de despedida de Ildo Sauer:
AOS COMPANHEIROS E AMIGOS DA PETROBRAS
1. Recebi a notícia de meu afastamento da diretoria da Petrobras pelo Presidente da República sem alegria e sem espanto. Fiquei na Diretoria de Gás e Energia da Petrobras quatro anos e oito meses. Mas acompanho essa área há quase duas décadas, como militante do Partido dos Trabalhadores e em boa parte do tempo também como colaborador do Instituto Cidadania que assessorou o presidente Lula em suas campanhas pela presidência.
2. Todos sabemos que o setor de petróleo é um campo de dramáticas disputas econômicas e políticas. Nessa arena, o gás natural nas últimas décadas, cresceu enormemente de importância. Os negócios do gás natural foram a ponta de lança para a introdução das reformas liberais no setor elétrico brasileiro. O acordo de importação do gás da Bolívia foi decidido pelo governo Collor e implementado pelo governo Fernando Henrique Cardoso de forma a que a Petrobras fosse o sócio menor numa partilha dos recursos naturais da Bolívia a ser realizada pelas grandes petroleiras, empresas de gás e fabricantes de equipamentos para geração termoelétrica, que controlam esses negócios desde o início do século XX.
O plano de Collor e Fernando Henrique incluía o desmantelamento de um dos maiores patrimônios do País e do povo brasileiro: o seu sistema de geração hidrelétrica nacionalmente interligado, o que foi feito em parte.
O fracasso da reforma liberal não diminuiu a força e o empenho dos interesses que a tinham elaborado. Foram enormes as pressões, já no final de 2002, para que o governo novo que se elegeu então, não desmontasse uma das peças básicas dessa reforma: a que determinara a ruptura dos contratos de fornecimento de energia elétrica de longo prazo das estatais a partir de 1 de janeiro de 2003, para que se instalasse um "mercado livre" de energia.
O governo acabou cedendo às pressões. E estimo que os prejuízos para as estatais e para os pequenos e médios consumidores de energia elétrica do País decorrentes dessa decisão estejam na casa dos 10 bilhões de reais.
3. Na Petrobras, na Eletrobrás, no BNDES, no governo encontrei inúmeros companheiros. Uma das primeiras ações de que participei foi registrar, em livro com alguns deles, minha opinião sobre a reforma do setor elétrico afinal levada a cabo no início de 2004 a qual, a despeito de vários méritos, deixou margem, por exemplo, para os prejuízos impostos às estatais, já citados.
Estou convicto de que na Diretoria de Gás e Energia da Petrobras, junto com vários companheiros, formamos uma estrutura de gestão que livrou o setor de um vício que sempre ronda os dirigentes das empresas públicas: o de serem despachantes de interesses de minorias poderosas.
Limpamos e reestruturamos totalmente as verdadeiras cavalariças em que tinha se convertido o plano emergencial de geração termoelétrica a gás natural elaborado pelo governo Fernando Henrique no desespero vão de tentar, a partir de 1999, evitar o apagão de energia elétrica. Dos 50 projetos daquela época afinal se concretizaram apenas 22. Destes, 12 foram construídos ou assumidos pela Petrobras. Outros três são também estatais.
Não porque a Petrobras se oponha ao investimento privado: mas porque a Petrobras foi a salvadora em última instância de vários desses projetos; e, em outros, não podia pactuar com contratos que, não só eu, como juízes e administradores públicos de notória responsabilidade, classificaram, com propriedade, como "imorais".
Ao assumir ou adquirir esses projetos demos-lhes os nomes de: Mário Lago, Celso Furtado, Rômulo de Almeida, Jesus Soares Pereira, Luiz Carlos Prestes, Sepé Tiaraju, Fernando Gasparian, Leonel Brizola, Euzébio Rocha, Barbosa Lima Sobrinho, Aureliano Chaves. Isso porque temos partido.
Porque eu e meus companheiros somos parte de uma história. Programamos, conseguimos a licença ambiental, obtivemos os financiamentos necessários e contratamos investimentos que vão dobrar a rede de gasodutos do País até 2009, interligando Nordeste, Sudeste, Centro-Oeste e Sul. Depois de duas décadas, o gás de Urucu finalmente chegará a Manaus em 2008, economizando mais de dois bilhões de reais ao ano nas contas de energia dos brasileiros. Nosso projeto de instalação de terminais de regaseificação e de importação de gás natural liquefeito, ao lado das novas modalidades de contratação - firme flexível e inflexível, interruptível e preferencial - permitirá uma inédita otimização do setor energético nacional racionalizando a integração dos derivados de petróleo, do gás natural com o setor hidrotérmico de geração elétrica. E, se prosseguirem os esforços de integração latino-americana a que demos total apoio e para a qual adiantamos idéias novas, mais poderá ser feito.
Na área de biocombustíveis, nos empenhamos decididamente. Não para reforçar os esquemas antigos de exploração e de integração subordinada da agricultura familiar. Nem para fomentar a demagogia de que o mundo será salvo se ampliarmos os canaviais e as plantações de oleaginosas para produzir álcool combustível e biodiesel. Mas para unir os interesses dos sócios controladores da Petrobras, que somos nós, com os interesses dos trabalhadores e dos pequenos e médios produtores.
Fizemos o projeto da Cooperbio, de produção de álcool integrada com a agricultura familiar, no Rio Grande do Sul. Fizemos as fábricas experimentais em Guamaré e estamos acabando de instalar as três unidades industriais no semi-árido para produção de biodiesel a partir das oleaginosas locais, inclusive a mamona.
4. Vivi na Petrobras os quatro anos e oito meses desde minha nomeação. Minha filha Luisa tinha cerca de 13 anos quando praticamente deixei a casa onde vivia com minha mulher e com ela em São Paulo para cumprir minhas tarefas no Rio. Ao me preparar para voltar a morar em São Paulo e reassumir meu cargo de professor universitário encontrei dois textos dela na internet com reflexões sobre Queimada, o famoso filme do italiano Gillo Pontecorvo sobre uma ilha onde o sistema colonial com base na escravidão dos portugueses é trocado pelo sistema colonial com base no trabalho assalariado e no "livre mercado", depois de manobras do império inglês. De repente me dei conta de que posso não ter sido afastado da Petrobras por meus defeitos. Mas pelas virtudes das pessoas de cujas lutas participei e vou continuar participando.
Rio de Janeiro, 21 de Setembro de 2007.
Ildo Luís Sauer
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