Por Augusto Nunes
O jornalista Celso Arnaldo
Araújo acaba de ordenar a internação de Dilma Rousseff amparado em outro trecho
do atordoante palavrório produzido em Feira de Santana (a presidente esteve aqui em 29 de abril). Na primeira leitura da
frase entre aspas, bateu-me a suspeita de que faltaram algumas palavras. Na
segunda, desconfiei que o grande caçador de cretinices estava brincando comigo.
Na terceira, achei melhor passar a bola para o timaço de comentaristas.
O neurônio solitário, como
sabem os leitores da coluna, é um craque insuperável na arte de não falar coisa
com coisa. Mas quase sempre fornece indícios e pistas que permitem suspeitar do
que queria explicar à plateia. Desta vez, nada encontrei que me ajudasse a
decifrar o enigma.
Na justificativa da
internação, Celso Arnaldo informa que a paciente decidiu "dar um exemplo
dramático de como é complicado negociar com bancos no Brasil". É isso, mas
talvez existam mais recados submersos na sopa de letras servida abaixo:
"Quando você
chega no banco, ele (sic) vai te perguntar: 'Qual é a garantia que você
me dá? Eu vou pagar a vocês, para me aceitar te emprestar um dinheiro para você
me pagar'".
Quero saber o que cada um
de vocês imagina o que a presidente quis dizer. Quem desvendar o mistério vai
ganhar um diploma de doutor honoris causa em dilmês.
RECADO DO CELSO
ARNALDO
No começo desta tarde,
nosso PhD em dilmês enviou a seguinte mensagem:
Consegui enfim ouvir o
áudio do discurso de Feira de Santana e, de fato, ao vivo, tudo é ainda pior
que na transcrição do Portal do Planalto. Especificamente na frase deste post,
eis o original literal e apavorante:
"Quando você
chega no banco, ele vai te perguntá qual é a garantia que cê me dá. Eu vô pagá
vocês pra mim, aliás, pra me aceitá ti emprestar um dinheiro procê me pagar".
Lamento não ter podido
solucionar o enigma que você propõe em seu post - ao contrário, agravei-o. Mas
podia ser pior: já imaginou essa senhora comandando a sétima economia do mundo?
Epa! Ela comanda a sétima economia do mundo!
Fonte: "Direto
ao Ponto"
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