No jornal "Feira de Jesus",
número 8, edição de janeiro de 1995, a matéria "Nelson Ned não canta para
público pequeno", sobre o "forfait" cometido pelo artista, que faleceu no
domingo, 5, há 19 anos:
O cantor e compositor Nelson
Ned recusou-se a fazer apresentação no Jóia da Princesa, no dia 7 de janeiro
passado, conforme estava programado, em evento beneficente. Mais de três mil
pessoas - a maioria evangélicos - saíram do estádio decepcionadas com a atitude
do artista.
A reportagem do "Feira de
Jesus" falou por telefone com o escritório do artista em São Paulo e a
secretária que atendeu apenas declarou que Nelson Ned não se apresentou porque "não
pagaram o cachê".
Segundo Maria Barreto, da
M.B. Produções, que contratou o cantor, a produção local atendeu todas as
exigências do artista: pagando 50 por cento do cachê de R$ 12 mil, na
assinatura do contrato, em dezembro; mandando três passagens aéreas trecho São
Paulo/Salvador/São Paulo, sendo que foram utilizadas duas (por Nelson Ned e seu
empresário Genival Melo) e a outra não foi devolvida à produção; foi locado um
Monza quatro portas para locomoção do Aeroporto Dois de Julho a Feira e ficando
à disposição nesta cidade, onde ficou hospedado no melhor hotel; contratando um
dos melhores sons da Bahia (o Super Som Show), instalando palco de 8x12 metros.
PREJUÍZO
Conforme declarou a produtora,
Nelson Ned alegou que o público era muito pequeno e que não se apresentaria.
Com a decisão "inflexível" dele, ela se recusou a pagar os 50 por cento
restantes. O prejuízo da M.B. é "muito grande", lamentou. São cerca de R$ 26
mil, sem falar no prejuízo moral. “Só a justiça de Deus pode julgar”, disse
Maria Barreto.
Marcado para ter início às
18 horas, somente cerca de quatro horas depois o público presente tomou
conhecimento da desistência de Nelson Ned fazer a apresentação.
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