Por Jorge Castro
O rápido crescimento da plataforma
global de computação ("cloud computing" / "a nuvem"), nos
últimos cinco anos, revelado pelo boom dos telefones celulares (smartphones),
mudou a natureza da indústria de alta tecnologia e concedeu a seus núcleos
decisivos - entre eles, Israel – um poderio qualitativamente superior. A
estrutura de custos da indústria de alta tecnologia (high tech) cai 20% / 30%
por ano e no horizonte da "nuvem", isso pode chegar a quase zero (0%).
O surgimento da
"nuvem" significa para Israel ter deixado para trás sua condição de
inovador primário ("nação start-up"), dotado de uma extraordinária
capacidade de criação de novos negócios, mas geralmente de curta duração,
prontas para serem compradas por grandes empresas dos Estados Unidos (Apple, Cisco,
Google, Intel, HP). Atualmente tornou-se um gerador de empresas próprias de
projeção global, o que coloca Tel Aviv no mesmo patamar, apenas um pouco menor
do que o Vale do Silício. Israel investe 4,3% do PIB
no desenvolvimento científico e tecnológico (I & D), o dobro da média da
OCDE (1,8%) e os investimentos estrangeiros de alta tecnologia alcançaram 11
bilhões de dólares nos últimos 10 anos, duas vezes o obtido pela Índia, e
metade do investido pela China, e todas as grandes empresas de alta tecnologia
dos Estados Unidos levaram laboratórios de pesquisa e desenvolvimento para o território de
Israel.
A Indústria israelense de
alta tecnologia é focada em telecomunicações, principalmente em aplicações
móveis, e sua especialização principal é tecnologia ligada à segurança da
comunicação (segurança cibernética). Todo este complexo, incluindo a
"Unidade 8200", mudou-se agora para o deserto de Negev, com eixo na
Universidade de Beersheba, perto de Eilat, no Mar Vermelho.
O objetivo é fazer com
que Israel se transforme em líder da segurança cibernética do mundo, abrangendo
nesse papel de vanguarda as indústrias adjacentes. Na política internacional do
século XXI, o poder não depende de território, população, arsenais militares ou
produto bruto. Israel também é um ator global, somente com 8 milhões de
pessoas, mas que lidera uma das principais correntes do século.
Fonte: "Clarín"
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