Por Reinaldo Azevedo
O senador Aécio Neves (MG), que será o candidato do PSDB à
Presidência da República, enviou-me um e-mail, do qual transcrevo um trecho.
Volto em seguida:
"Caro Reinaldo,
Lamento que vc tenha tratado como verdade mais uma dessas notícias que são publicadas sem serem checadas antes com as pessoas envolvidas. Refiro-me à ideia - nunca cogitada - de minha irmã Andrea vir a ocupar a função de coordenação da minha eventual campanha em 2014.
Jamais foi tratada essa hipótese, nem na campanha em si nem na área de comunicação. Não sei exatamente a quem atribuir mais essa "plantação".
Como vc bem observou, seria um erro primário demais…"
(…)
"Caro Reinaldo,
Lamento que vc tenha tratado como verdade mais uma dessas notícias que são publicadas sem serem checadas antes com as pessoas envolvidas. Refiro-me à ideia - nunca cogitada - de minha irmã Andrea vir a ocupar a função de coordenação da minha eventual campanha em 2014.
Jamais foi tratada essa hipótese, nem na campanha em si nem na área de comunicação. Não sei exatamente a quem atribuir mais essa "plantação".
Como vc bem observou, seria um erro primário demais…"
(…)
Comento
Começo pelo fim. Folgo em saber que o futuro candidato tucano concorda com o que parece óbvio: seria um erro primário demais. No post que escrevi a respeito, exponho os motivos.
Começo pelo fim. Folgo em saber que o futuro candidato tucano concorda com o que parece óbvio: seria um erro primário demais. No post que escrevi a respeito, exponho os motivos.
Meu comentário, notem lá, começa com uma ressalva: "A se confirmar a informação publicada no Estadão
Online, o PSDB e Aécio Neves acabam de cometer o primeiro grande erro (…)".
De fato, a informação me pareceu tão exótica e pouco razoável, que cheguei a
duvidar da sua veracidade. Notem bem: não pus em dúvida a apuração dos
jornalistas, não. Até porque a coisa toda aponta, então, para a
necessidade de um freio de arrumação. Na reportagem, lê-se o seguinte trecho
(em vermelho):
"A entrada dela na campanha é natural pelo currículo na área e pela afinidade que tem com o Aécio", diz o deputado Marcus Pestana, presidente do PSDB mineiro e um dos mais próximos aliados do senador. Ele explica, ainda, que Andrea terá um papel central na campanha, mas a coordenação geral será feita por um político de "envergadura nacional", provavelmente um senador ou ex-governador.
"A entrada dela na campanha é natural pelo currículo na área e pela afinidade que tem com o Aécio", diz o deputado Marcus Pestana, presidente do PSDB mineiro e um dos mais próximos aliados do senador. Ele explica, ainda, que Andrea terá um papel central na campanha, mas a coordenação geral será feita por um político de "envergadura nacional", provavelmente um senador ou ex-governador.
Retomo
Depois de certo tempo, a gente sabe como surgem as notícias. Não vou ficar especulando a respeito das fontes dos repórteres Pedro Venceslau e Ricardo Chapola, mas dá para saber que a notícia não surgiu, vamos dizer, nas "hostes inimigas". Se é plantação, trata-se de "plantação tucana", que deveria, então, de pronto, ter sido rebatida - negada com a veemência com que faz Aécio - pelo deputado Marcus Pestana. Afinal, ele é nada menos do que presidente do PSDB de Minas. Sabidamente, é um político próximo do senador. Sua fala, no entanto, reforçava a informação, que o futuro candidato tucano diz ser falsa.
Depois de certo tempo, a gente sabe como surgem as notícias. Não vou ficar especulando a respeito das fontes dos repórteres Pedro Venceslau e Ricardo Chapola, mas dá para saber que a notícia não surgiu, vamos dizer, nas "hostes inimigas". Se é plantação, trata-se de "plantação tucana", que deveria, então, de pronto, ter sido rebatida - negada com a veemência com que faz Aécio - pelo deputado Marcus Pestana. Afinal, ele é nada menos do que presidente do PSDB de Minas. Sabidamente, é um político próximo do senador. Sua fala, no entanto, reforçava a informação, que o futuro candidato tucano diz ser falsa.
A assessoria de imprensa de Aécio afirma que, sem dúvida, Andrea
Neves fará parte da equipe em razão de "sua experiência de mais de 30 anos na
área", mas que ela não terá, como diz o senador, nenhuma função de coordenação - nem na campanha nem na área de comunicação.
Obviamente é o mais sensato. Seria, como reafirma o tucano, um "erro primário".
Fonte: "Blog
Reinaldo Azevedo"
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