Por
Augusto Nunes
O ministro Joaquim Barbosa já esclareceu que
nunca figurou em listas de passageiros da FABTur. Quando viaja entre Brasília e
o Rio de Janeiro, o presidente do Supremo Tribunal Federal usa passagens aéreas
da cota a que têm direito todos os integrantes da corte. Foi o que fez na
última sexta-feira de maio, quando embarcou para o fim de semana em seu
apartamento no Rio.
Na tarde de 2 de junho, convidado por Luciano
Huck, Barbosa assistiu no camarote do apresentador da Globo ao jogo entre o
Brasil e a Inglaterra. Ele não estava no Maracanã na final da Copa das
Confederações. Estes são os fatos. O resto é coisa dos blogueiros de aluguel a
serviço dos corruptos que o ministro não tem medo de punir. São eles os
responsáveis pela disseminação de invencionices que eventualmente confundem
também jornalistas íntegros.
Como já não pode esconder que é chefiada por
sacerdotes bandidos, a seita lulopetista mantém ativada 24 horas por dia a
usina de mentiras destinadas a provar que todos os brasileiros são gatunos ou
vigaristas. Os decentes são milhões, avisa a revolta da rua. E estão indignados
com a turma contemplada pelo governo com a licença para roubar impunemente.
A infâmia do momento tenta convencer a
plateia de que não há diferenças entre uma viagem regular do relator do
mensalão e a farra aérea protagonizada por gente como Lula, Rose Noronha,
Sérgio Cabral, Garibaldi Alves, Renan Calheiros ou Henrique Alves. Infelizmente
para o bando que venera quadrilheiros, o ministro nada fez de ilegal ou imoral.
Logo serão julgados os derradeiros recursos
dos condenados pela roubalheira descoberta em 2005. Os participantes das
manifestações de protesto exigem o cumprimento das penas fixadas pelo STF. A
última esperança da quadrilha é arrastar o relator para o pântano. Não vão conseguir.
Para desgraça dos mensaleiros, e para sorte do país que presta, os defeitos do
presidente do STF não incluem a desonestidade.
Joaquim Barbosa não está na mira do clube dos
cafajestes pelos surtos de intolerância ou por espasmos populistas. Não virou
alvo pelos erros que comete, mas por ter deixado muito claro que existem no
Brasil juízes sem medo.
Fonte: "Direto ao Ponto"
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