Por Augusto Nunes
Ainda grogue com a vaia no Estádio Mané Garrincha, ainda fingindo que foi por falta de tempo que não viu
na tribuna do Maracanã a vitória do Brasil na final da Copa das Confederações,
Dilma Rousseff resolveu pegar carona na conquista da Libertadores pelo Atlético
Mineiro. E enviou ao time campeão a seguinte mensagem:
"O Brasil acordou
alvinegro com o título do meu querido Clube Atlético Mineiro de campeão da Taça
Libertadores. Aprendi a gostar de futebol indo, ainda criança, ao estádio do Mineirão
assistir aos jogos do Atlético. Parabéns aos jogadores, à comissão técnica e a nossa
torcida, que conquistou a admiração de todos os brasileiros. Parabéns não
apenas pela vitória. Parabéns por, mesmo diante de um resultado adverso, não
desistirem, não esmorecerem e, por isso mesmo, se superarem".
O segundo trecho assinalado
em negrito foi fulminado pelo nosso Antonio Vieira. "A descarada intenção de
querer associar os impasses em que está metida com os obstáculos que o Galo
enfrentou é também de incalculável caradurismo", constatou o comentarista. "A
trajetória dos atletas mineiros se deu em escrupuloso respeito às regras do
jogo. Perderam e ganharam limpamente. Não houve qualquer violação ao
regulamento nem às normas da ética esportiva".
Depois de matar a bola no
peito, Antonio Vieira entrou na pequena área em alta velocidade: "Mesmo os
tradicionais adversários do Atlético reconhecem os méritos da conquista, e o
papel relevante cumprido pela torcida alvinegra, em notável relação de
confiança construída ao longo do tempo. Não houve gol de mão, ou gol de
impedimento, ou gol ilegal sob qualquer aspecto. Dona Dilma, ao contrário,
pauta seu comportamento pela permissão de fazer o diabo para vencer uma
disputa".
Quem faz o diabo para levar
vantagem em tudo decerto acha que mentir é pecado venial. Ou nem isso, sugere o
primeiro trecho em negrito. Releiam: a presidente jura que aprendeu a gostar de
futebol "indo, ainda criança, ao Estádio do Mineirão assistir aos jogos do
Atlético". Esqueceu de combinar com o calendário gregoriano.
Nascida em dezembro de
1947, Dilma estava a dois meses dos 18 anos quando o Mineirão foi
inaugurado em setembro de 1965. Já não tinha nada de criança: era quase uma
adulta. E nunca foi vista vibrando em arquibancada de qualquer estádio. Desde
os 16 passava os domingos não em campos de futebol, mas enfurnada nas reuniões
da turma decidida a trocar a ditadura militar pela ditadura comunista.
Dilma Rousseff nunca se
emocionou com o preto e branco. Sempre amou o vermelho.
Fonte: "Direto ao Ponto"
Nenhum comentário:
Postar um comentário