Por Augusto Nunes
Assista: http://www.youtube.com/watch?v=gwzl2ArmUcg
Em abril de 2013, a presidente da República baixou em Fortaleza para saciar a sede das vítimas da seca com outra chuva de dinheiro invisível. "Vamos investir mais 9 bilhões de reais", prometeu em mais um comício na capital cearense. Como a salva de palmas não foi lá essas coisas, Dilma Rousseff resolveu animar a plateia com a revelação retumbante: ao contrário do que se imagina há 513 anos, o Brasil foi inaugurado pelos colonizadores do Ceará.
Parece mentira? Veja o
vídeo (Clique no link acima). Lá está a espantosa informação assinalada em negrito no palavrório
reproduzido sem correções, retoques ou qualquer tipo de maquiagem.
Eu queria iniciar comprimentando aqui todos os presentes, comprimentando a
mulher cearense, os companheiros homens e dizer do meu imenso prazer de tá
aqui, mais uma vez, no Ceará. [...] O Nordeste e a seca são um problema. Jamais
houve uma atitude correta em relação a essa situação ao longo dus…dus…dus anos
sobre essa situação, que é a questão da existência dum fenômeno climático nessa
região do país. [...] E de um lado é um desafio e de outro, é um direito do
cidadão que aqui veio, aqui povoou e aqui… não só fez tudo isso, mas inaugurou
o Brasil. Num vamos esquecê aonde o Brasil cumeçô. [...] Por isso, nós todos sabemos
que hoje todo mundo olha pra essa região e num vê mais o chamado primo pobre da
nação.
A oradora Dilma Rousseff
não cumprimenta ninguém. "Comprimenta" meio mundo, começando pelos companheiros
homens e pelas companheiras mulheres. Raros erres dos verbos do infinitivo
escapam da guilhotina. Todo onde
vira aonde. Platitudes de
jardim da infância convivem com frases sem pé nem cabeça e tropeçam em pausas
que denunciam a exaustão do neurônio solitário.
A maior seca dos últimos 50
anos pode ficar tranquila. Combatida por uma presidente capaz de dizer o que se
leu acima, pode durar mais 50.
Fonte: Coluna do Augusto Nunes
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