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sexta-feira, 23 de julho de 2010

Brasil tem terceiro pior índice de desigualdade do mundo

Em seu primeiro relatório sobre desenvolvimento humano para a América Latina e Caribe em que aborda especificamente a distribuição de renda, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) constatou que a região continua sendo a mais desigual do planeta.
Dos 15 países do mundo nos quais a distância entre ricos e pobres é maior, 10 estão na América Latina e Caribe. O Brasil tem o terceiro pior Índice de Gini - que mede o nível de desigualdade e, quanto mais perto de 1, mais desigual - do mundo, com 0,56, empatando nessa posição com o Equador.
Concentração de renda pior só é encontrada em Bolívia, Camarões e Madagascar, com 0,60; seguidos de África do Sul, Haiti e Tailândia, com 0,59. O relatório considera a renda domiciliar per capita e o último dado disponível em que era possível a comparação internacional.
No caso do Brasil, porém, a desigualdade de renda caiu fortemente nos últimos anos e, em 2008, o Índice de Gini estava em 0,515.
Na região, os países onde há menos desigualdade são Costa Rica, Argentina, Venezuela e Uruguai, com Gini inferior a 0,49. Na média, segundo o Pnud, o Índice de Gini da América Latina e do Caribe é 36% maior que o dos países do leste asiático e 18% maior que os da África Subsaariana.
Fonte: "Blog do Noblat"

2 comentários:

Mariana disse...

Eu gostaria de ver é alguma pesquisa sôbre quem mais enriqueceu(mais rápido) nêsses últimos anos, especialmente no Brasil. Posso arriscar que só daria BANQUEIROS, POLÍTICOS(do maior partido do país) e as empresas construtoras "sócias" do govêrno.

Gustavo Bastos disse...

Os dados sobre o Brasil não são tão ruins assim, e quem vê as notícias divulgadas pela TV pode achar que o país está à beira do caos, em que até os países da África têm renda mais bem dividia.
O Brasil não vive as mil maravilhas, todo mundo sabe, mas a desigualdade aqui é reflexo de uma classe alta e de uma baixa bem delineadas, as quais se distanciam bastante uma da outra no que toca à renda. Na maioria dos países da África, por exemplo, praticamente não existe classe alta, e todos estão nivelados por baixo, na classe baixa. Por isso, teoricamente, possuem menos desigualdade. Todos estão iguais dentro da faixa da pobreza.
Esses dados aí precisam de explicação, pois, aos desavisados, é bastante falacioso.