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quinta-feira, 29 de julho de 2010

Marcomede Rangel Nunes e o Bendengó

Transporte do meteorito de Bendengó Foto: Reprodução

Expedição científica ao local no sertão baiano onde foi encontrado o famoso meteorito do Bendegó foi liderada por Marcomede Rangel Nunes, em 2002. Ainda integraram a expedição: Augusto César Orrico, do Observatório Astronômico Antares da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) e o astrônomo amador Wilton Pinto Carvalho, da Associação de Astrônomos Amadores da Bahia.
A partir dessa expedição que Marcomede escreveu o livro "A Pedra do Bendengó, Que Veio do Céu".
Munida do aparelho Sistema de Posicionamento Global (GPS), por satélites, e outros equipamentos, a expedição "Pedra de Bendegó", entre 29 de junho e 2 de julho daquele ano visitou o lugar na região de Monte Santo, no sertão da Bahia, onde foi encontrado o Bendegó.
A expedição fez parte das comemorações pelos 175 anos do Observatório Nacional (1827-2002) e pelos 30 anos do Observatório Astronômicos Antares (1971-2002).
A equipe partiu de Feira de Santana, com a missão de mapear a região para resgatar a memória do Bendegó, determinar as coordenadas com precisão do lugar, obtendo dados para trabalhos futuros e também para confecionar réplicas para expor em observatórios e museus interessados.
Bendengó
Em 1784, o meteorito de Bendegó foi encontrado pelo garoto Bernardino da Motta Botelho. Foi transportado para o Museu Nacional, no Rio de Janeiro, mais de 104 anos depois, em 1888. Trata-se do maior meteorito do Brasil e o 11º do mundo, com 2,20 x 1,45 x 0,58 cm de tamanho e 5.360 quilos.
A primeira tentativa de remoção, em 1875, pretendia levar "a pedra", como o meteorito é chamado ainda hoje no sertão, para Portugal, por "conter ouro e prata".
A tentativa foi frustrada, pois apesar de ter sido colocado em cima de um carretão, puxado por 20 juntas de bois, acabou tudo despencando ladeira abaixo e caindo no riacho Bendegó.
Em 1811, Mornay visitou o local e tirou pequenos pedaços, enviando para a Sociedade Geológica de Londres, comprovando ser um meteorito de ferro e 6,5% de níquel.
A pedido de D. Pedro II, por solicitação de alguns membros da Academia de Ciência de Paris, comandada pelo engenheiro José Carlos de Carvalho, em 1887-1888, em pleno sertão, na região próxima a Canudos, conseguiu trazer o meteorito, vencendo 115 quilômetros de estrada de terra até a estação de trem mais próxima.
Levada depois de trem para o porto - marco na história do transporte no país - , chegou por fim ao Rio de Janeiro. Na época era o maior meteorito exposto em um museu no mundo. Tanto que foi feito uma replica em madeira, no Arsenal de Guerra, que figurou na Exposição Universal de 1889, em Paris, quando foi comemorado os 100 anos da Queda da Bastilha e foi inagurada a Torre Eiffel. Réplica que se encontra no Palais de la Deócuverte, também em Paris.
O Bendengó era tão famoso que Albert Einstein, ao visitar o Rio de Janeiro, em 1925, fez questão de ser fotografado junto dele.
Existem outras réplicas: no Museu Histórico de Monte Santo, Bahia, de gesso, feito nos anos 70, pelo Museu Nacional; e desde 2002, no Museu Geológico da Bahia, feito pela Associação de Astrônomos Amadores da Bahia.
(Também com informações contidas no "Jornal da Ciência", da SBPC)

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