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sexta-feira, 22 de maio de 2009

Projeto de Pesquisa envolve alunos de Medicina Veterinária da FTC

Alunos do 1º e 2º semestres do curso de Medicina Veterinária da FTC Feira de Santana estão participando do projeto de pesquisa sobre o “Efeito da Suplementação Lipídica no Desenvolvimento Testicular de Ovinos Mestiços”. Nesse trabalho estão sendo acompanhados 24 ovinos machos mestiços, com peso médio inicial de 22 quilos e idade entre cinco e sete meses. O objetivo é determinar o melhor nível de adição de óleo de Palmiste na dieta de ovinos machos mestiços no desenvolvimento testicular.
Para avaliação, os animais permanecem durante o dia em piquetes com água e sal mineral. Posteriormente são colocados em baias individuais para receberem uma dieta com 16 % de proteína bruta composta por milho, farelo de soja e óleo de Palmiste em diferentes concentrações (0%, 1,5%, 3,0% e 4,5%), formando assim quatro tratamentos. As mensurações da biometria testicular, a avaliação ultra-sonográfica do desenvolvimento testicular e a pesagem dos animais são realizadas quinzenalmente.
A pesquisa faz parte do trabalho de conclusão da Especialização em Reprodução de Ruminantes, realizado pela médica veterinária Ana Cristina Santana, com orientação da professora Morgana Borges, coordenadora do curso de Medicina Veterinária da FTC Feira e doutoranda em Produção e Reprodução Animal, pela Universidade Federal de Viçosa (UFV). Os estudos foram iniciados no dia 13 de maio, em uma propriedade rural no distrito de Maria Quitéria, em Feira de Santana, e serão concluídos dentro de 65 dias.
Nutrientes dietéticos
Morgana Borges destaca que a ovinocultura de corte é uma atividade do agronegócio que vem crescendo gradativamente no Brasil, principalmente na região Nordeste. A nutrição se destaca como um dos fatores determinantes da produção, sendo que tanto a falta quanto o excesso de nutrientes dietéticos são capazes de afetar a performance produtiva e reprodutiva dos animais. “A alimentação é responsável por até 75% dos custos de produção em animais confinados e uma forma de minimizá-los é a utilização de óleos na dieta”, completa.
Segundo ela, o uso da gordura e óleos na alimentação de ruminantes confinados (suplementação lipídica), em substituição a altas proporções de grãos, aumenta a concentração de energia e melhora o desempenho animal produtivo e reprodutivo, bem como a redução dos custos de produção. Em regimes de suplementação lipídica a concentração plasmática de colesterol pode ser aumentada, sendo este precursor de hormônios importantes para o desenvolvimento e amadurecimento de órgãos ligados à reprodução.
Ainda de acordo com Morgana Borges, estudos estão sendo conduzidos para avaliar o efeito da adição de lipídios na dieta nos aspectos reprodutivos de machos, pois existem poucas informações disponíveis na literatura. “O uso de lipídios acima do nível limite na dieta de ruminantes pode afetar negativamente no desempenho reprodutivo”, conclui.
(Com informações de Socorro Pitombo e Madalena de Jesus, da Assessoria de Comunicação da FTC Feira)

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