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domingo, 31 de maio de 2009

Sinopses dos livros finalistas II

Os textos são de autoria do escritor Menalton Braff. A ordem é alfabética
Finalistas do Prêmio São Paulo de Literatura 2009 - Categoria Melhor Livro - Autor Estreante

"A Parede no Escuro", Altair Martins, Record
Duas famílias, repentinamente, ficam sem a figura paterna - Adorno, dono de uma padaria e pai de Maria do Céu, com quem tem uma relação difícil, é morto em um atropelamento; Forjo - o pai do atropelador - está em estado grave no hospital, cercado por tubos, aumentando ainda mais a angústia do filho. Em uma narrativa densa, os diversos narradores deste romance expõem e expiam suas culpas e sentimento de perda. A linguagem é urbana e moderna, com incursões no cruísmo. É considerado como uma das melhores revelações da literatura do Rio Grande do Sul, segundo boa parte da crítica.
Altair Martins nasceu em Porto Alegre e com 3 anos foi morar na cidade de Guaíba. Bacharel em Letras pela UFRGS, atuou como chargista, em jornal local, e como ator de grupos teatrais gaúchos. Leciona Literatura Brasileira em cursos pré-vestibular de Porto Alegre.
"O Conto do Amor", Contardo Calligaris, Companhia das Letras
"Nunca soube bem o que fazer com aquela estranha 'confidência' do meu pai na hora de sua morte. Claro, fui para Monte Oliveto e tudo, mas não achei nada. Nada, a não ser uma ficção. E toda ficção é, quem sabe, um pouco isto: um jeito de continuar um diálogo que ficou truncado na realidade." Não por acaso, a trama nascida dessa inspiração tem como principal tema a busca da identidade. Como o autor, Carlo Antonini, protagonista da história, é um psicanalista que atende em Nova York. Trata-se de uma aventura com lances de mistério e descobertas surpreendentes. Uma tela de eras remotas é encontrada por Carlo, e nela ele identifica seu próprio pai.Contardo Calligaris nasceu em Milão, em 1948, tendo escolhido o Brasil como sua casa. É doutor em Psicologia Clínica pela Universidade de Provença, onde defendeu a tese "A Paixão de Ser Instrumento", estudo sobre a personalidade burocrática. É colunista da "Folha de São Paulo".
"Nunca o Nome do Menino", Estevão Azevedo, Terceiro Nome
Em "Nunca o Nome do Menino", a personagem principal, uma mulher, nos relata os dias de sua vida que se seguiram ao momento em que ela descobre seu status de personagem de uma ficção que não aprecia e cujo autor despreza. Em seu labirinto literário, dois tempos distantes de sua vida nos são narrados, duas linhas que se estendem da primeira à última página como serpentes ávidas por devorar o próprio rabo e criar uma narrativa de vertigem, repleta de ciclos e espelhamentos, mas também de sentimentos e paixões. A linguagem é veloz, ofegante, alucinada, mas rigorosamente precisa e lírica, e nos arrasta por um texto que é mais sobre como as pessoas sentem do que sobre como elas pensam.
Estevão Azevedo nasceu em 1978, em Natal, Rio Grande do Norte. É formado em Jornalismo e em Letras. Em 2005, publicou a coletânea de contos "O Som do Nada Acontecendo".
"O Arroz de Palma", Francisco Azevedo, Record
Romance que trata da imigração portuguesa para o Brasil no século XX, este livro narra a saga de uma família em busca de um futuro melhor, superando todas as dificuldades. Nos cem anos acompanhados da vida desta família, irmãos brigam e fazem as pazes. Uns casam e são felizes; outros se separam. Os filhos ora preocupam, ora dão satisfação. Tudo sempre acompanhado pelo arroz jogado no casamento dos patriarcas da família, em 1908, e que serve de fio condutor a esta história.
Francisco Azevedo é dramaturgo e roteirista cinematográfico, poeta e ex-diplomata. Nasceu no Rio de Janeiro, em 1951. Começou a dedicar-se à literatura quando venceu um concurso da OEA, em 1967.
"Imóbile", Javier Arancibia Contreras, 7 Letras
Em Navisur, cidade latino-americana oprimida por uma onda de calor, homem desperta de mais uma das noites intranquilas que o mantém em constante degradação física e mental e se vê com as mãos lavadas em sangue e empunhando um pequeno revólver. Sem compreender nada com clareza e absorto numa crise de amnésia temporária, ele se vê perseguido por um policial solitário, mas principalmente pelas dúvidas e culpas que tem do passado e do presente. "Imóbile" é uma história sobre a incomunicabilidade e sobre como o martírio da dúvida de uma decisão pode afetar toda uma vida.
Javier Arancibia Contreras nasceu em 1976. Jornalista, foi repórter policial durante anos em São Paulo. Atualmente trabalha na TV1 Comunicação e Marketing, importante agência paulistana. Escreveu o livro-reportagem "Plínio Marcos - A Crônica dos Que Não Têm Voz" (Boitempo, 2002).
"Peixe Morto", Marcus Vinicius de Freitas, Autêntica Editora
“Os peixes inundavam a boca. Meia dúzia de acarás foi enfiada pela boca do morto, com os rabos deixados para fora, presos por uma espécie de cambão de arame que varava as bochechas, num arremedo de anzol. O corpo boiava meio de lado, massa inerte entre a marola e a sujeira da lagoa, mordiscado por carazinhos. Não notei logo o inusitado da boca – o pescador foi quem me apontou o detalhe grotesco - pois o estado terrível do corpo absorvia toda a atenção”.
Marcus Vinicius de Freitas nasceu em 1959, em Belo Horizonte, onde se graduou e fez o mestrado em Literatura. Leciona na UFMG. É ensaísta, poeta e romancista. Autor premiado, faz sua estréia no romance.
"O Mundo Segundo Laura", Maria Cecília Gomes dos Reis, Editora 34
Em sua obra de estréia na ficção, Maria Cecília Gomes dos Reis narra um dia na vida de Laura Ni, uma pesquisadora de letras clássicas, e de seu marido Mario, diretor-financeiro de uma empresa multinacional em São Paulo. A partir de vozes e de gêneros narrativos díspares, incorporados de forma criativa ao enredo e à paisagem psíquica de Laura, a prosa desvela, entre mergulhos vertiginosos na consciência dos personagens e rastreamentos na superfície de situações prosaicas, a porosidade do pensamento humano e as afecções da realidade sobre ele.
Maria Cecília Gomes dos Reis é professora de Filosofia e tradutora. Com notas de comentários e uma introdução, a autora traduziu "De Anima", de Aristóteles, diretamente do grego.
"Rita no Pomar", Rinaldo Fernandes, 7 Letras
Como diz Silviano Santiago no posfácio do livro, “Rita no Pomar" é "um esdrúxulo mónologo-a-dois”, onde a personagem-título libera seu fluxo de consciência para Pet, seu cachorro. Sua vida solitária serve como matéria-prima tanto para esses desabafos quanto para seu diário e para alguns contos, que se intercalam ao longo do romance. Rinaldo Fernandes conta a história de Rita aos pedaços; sua narrativa é entremeada por reticências e lacunas, que prendem o fôlego do leitor e o convidam a participar de sua criação. "Rita no Pomar" mereceu críticas e resenhas de grandes nomes das letras nacionais.
Rinaldo Fernandes, paraibano, é professor de literatura da Universidade Federal da Paraíba, organizador de coletâneas e hoje um blogueiro. Este é seu primeiro romance.
"Zé, Mizé, Camarada André", Sérgio Guimarães, Record
Vencedor do Prêmio Sesc de Literatura 2007. Neste livro, um brasileiro recebe uma caixa com fitas cassetes que revelam conversas entre um jornalista estrangeiro e uma angolana em plena revolução vivida pelo país africano. O romance é todo construído em diálogos entre esses dois personagens, que comentam desde o processo político, a ligação com o comunismo, até as mudanças sociais e de costumes que Angola passava no período pós-independência.
Sérgio Guimarães nasceu em Santo Anastácio, São Paulo, 1951. É representante da Unicef em Honduras, e vive entre São Paulo e Tegucigalpa, Honduras. Viveu alguns anos em Angola.
"O Verão do Chibo", Vanessa Bárbara e Emilio Fraia, Objetiva
"O Verão do Chibo" revela a habilidade narrativa de dois autores que já podem ser incluídos entre os mais originais da nova geração de escritores brasileiros. Obra sutil, muitas vezes cômica, outras vezes emocionante, trata, sobretudo, dos mistérios que cercam o amadurecimento. No livro, um menino de cerca de sete anos, mergulhado num universo muito particular, descreve suas aventuras nas férias de verão, embrenhado num milharal ao lado de outros amigos. Mas esse é um verão diferente, pois Chibo, seu irmão mais velho, some misteriosamente, e os outros garotos parecem seguir o mesmo caminho.
Vanessa Bárbara e Emilio Fraia são ambos paulistanos, nascidos no mesmo ano de 1982 e têm a mesma formação: jornalistas. Os dois ainda são colaboradores da revista "Piauí".
(Com informações de Vanessa Guerreiro, Assessoria de Imprensa)

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