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sexta-feira, 15 de maio de 2009

O Ensino Fundamental de 9 anos: Avanço na Educação Básica

Por Anaci Bispo Paim
A importância do Ensino Fundamental de 9 anos com matrícula inicial de 6 anos de idade se constituem em um grande avanço na Educação Básica, evitando ruptura na passagem da Educação Infantil para o Ensino Fundamental e por oportunizar o ingresso das crianças no processo formal de alfabetização.
A escola potencializa a vivência da infância pelas crianças, etapa importante da vida, em que tanto se aprende. Assim, considerando a participação ativa das crianças de seis anos a dez anos da idade na escola, em espaços e tempos adequados à singularidade dessa fase de vida, a experiência de aprender ganha significado social na perspectiva da constituição da autonomia e da cidadania.
Entender a escola como espaço social pedagogicamente organizado, significa compreender sua dimensão, a sua ação finalística essencial definida através do Projeto Político Pedagógico como instrumento que dá direções, aponta caminhos, prevendo inclusive o jeito de caminhar. As escola existe principalmente pelo seu projeto, que se constitui no eixo organizador das ações de todos que compõem a comunidade escolar. Assim, define-se papéis, valores, modos de pensar, processo de aprendizagem, missão, objetivos. A escola não se constitui em um conjunto de salas para ofertar aulas à crianças, jovens e adultos. É mais do que um prédio. É um espaço privilegiado da formação cidadã. É um espaço de formação de pessoas íntegras e integradas à sociedade por meio da participação cidadã, de forma autônoma e crítica. Nossa responsabilidade política de Educadores leva-nos a construir, por maiores que sejam os obstáculos, a escola que forma o cidadão, envolvendo as crianças desde os primeiros anos escolares. Se as crianças participam desde o inicio dessa organização, terão oportunidade de desenvolver o sentimento de pertencimento ao grupo, de responsabilidade pelas decisões tomadas, de respeito aos outros.
Na escola aprendemos novos modos de falar, de ler a realidade, quando conhecemos outras formas de viver, falar e se comportar. São diferentes modos de ler, mostrar e falar da realidade. Precisamos aprendê-los, contemplando – os, observando-os, conversando, ouvindo leituras sobre seus autores, as épocas em que foram produzidos.Assim pensar na organização da escola em função das crianças dos anos iniciais do Ensino Fundamental, envolve concebê-los no sentido de inserção no mundo letrado, mas construindo com base nos valores humanos, nas relações sociais e na distinção do bem contra o mal.
É preciso entender que para iniciar a fase escolar com 6 anos o ambiente da escola, o espaço pedagógico, os materiais didáticos e o papel do professor precisam ser bem definidos e especificados em razão da faixa etária que a criança se encontra. Quando a criança entra na escola, segundo Paulo Freire, a sua leitura do mundo está bastante desenvolvida. É preciso caminhar com ela, seguindo as etapas do processo de aprendizagem evoluindo o letramento, associando valores, contribuindo para formar o cidadão. Se iniciarmos cedo esta caminhada alcançaremos com êxito à formação esperada.
Anaci Bispo Paim é presidente da Academia de Educação de Feira de Santana

Um comentário:

Anaci Bispo Paim disse...

EDUCAÇÃO: NECESSIDADE IMPERIOSA PARA FORMAÇÃO DO CIDADÃO



A educação em todos os níveis, etapas e em todos os momentos da vida, impõe-se como uma necessidade incontestável, que torna a educação permanente uma das realidades mais palpáveis, transformando de forma radical as modalidades tradicionais de ensino.

Torna-se necessário o desenvolvimento de pesquisas que se dediquem a examinar o futuro da educação, numa sociedade em constantes mudanças, definindo novos caminhos e possibilidades, oferecendo subsídios para a formulação de políticas no campo da educação, sempre tendo em vista a defesa do coletivo, do acesso democrático de todos, preservando os valores essenciais da vida em sociedade, como democracia, equidade, justiça, paz e desenvolvimento sustentável.

A educação deve se prolongar por toda a vida e para todos, e essa consciência deve ser igualmente despertada e desenvolvida em cada um de seus próprios estudantes.

Nesse contexto em que a educação permanente assume um caráter primordial, as universidades passam a ter papel ainda mais amplo e uma grande responsabilidade em relação ao desenvolvimento profissional em todos os campos, mas especialmente no campo educacional pela responsabilidade na elaboração das políticas educacionais, entendendo-se que essa mudança atinge não somente a área da aprendizagem ou da formação para o exercício profissional, mas também as funções de pesquisa e extensão. A extrema velocidade da mudança exige, por outro lado, que as intervenções da universidade junto ao sistema de dêem de forma mais planejada do que o foram no passado.

Hoje, o antigo paradigma educacional da reprodução se exaure, exigindo projetos pedagógicos mais criativos, mais contextualizados, acima de tudo, apegados à realidade de formação da nova força de trabalho.

A educação se constituem em um fator fundamental para o desenvolvimento cultural e socioeconômico de indivíduos, comunidades e nações. Somente a educação pode auxiliar nossa sociedade a transcender as considerações exclusivamente econômicas, a fim de assimilar dimensões mais profundas de moralidade e espiritualidade.

O mundo do futuro não deve ser apenas o mundo da informação e do conhecimento, mas principalmente o mundo da compreensão, da liberdade, da cidadania, do respeito a si e ao próximo, da dignidade, do discurso honesto e leal à pratica.



Anaci Bispo Paim
Presidente da Academia de Educação de Feira de Santana
Membro Efetivo do Instituto Geográfico Histórico da Bahia – IGHB
Diretora do Farol do Conhecimento