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sábado, 16 de maio de 2009

Assessoria de Comunicação X Jornalismo

Por Renato Ribeiro
Nos bastidores da imprensa há uma guerra não declarada entre assessores de imprensa e os profissionais que atuam nos veículos de comunicação. Na imprensa há uma disputa oculta pela informação. E os personagens são jornalistas ou assemelhados (relações públicas, quando não marqueteiros ou publicitários), em geral situados em campos opostos ou, como já se convencionou chamar - por aqueles que aderiram à hipocrisia do tráfico de influências -, de um lado e outro do balcão: redações e assessorias de imprensa.
As divergências, quando existem, ficam limitadas a esses universos específicos e são resolvidas com luvas de pelica. Aliás, os jornalistas "do outro lado do balcão" têm horror a conflitos ostensivos com seus colegas de redação. Uma regra básica, muito seguida, mas raramente admitida em público, é nunca reclamar de erros cometidos por repórter.
No que se refere à legalidade e legitimidade da profissão, Assessoria de Comunicação é uma atividade de Comunicação Social que estabelece uma ligação entre uma entidade (indivíduo ou instituição) e o público (a sociedade exposta à mídia). Em outras palavras, Assessoria de Comunicação é administração de informação, que deve ser conduzida sem criar atritos entre o assessorado e o veículo, construindo uma boa imagem em termos de comunicação empresarial.
Os assessores de imprensa têm por interesse que suas matérias sejam publicadas na íntegra, porém esbarram nos editores dos veículos, fator que propicia a ocorrência de inúmeras queixas, que geralmente são apresentadas aos autores dos textos ou no último caso as chefias. Se a reclamação for inevitável, o melhor é conversar diplomaticamente com o autor da matéria. Afinal, para não admitir o engano, ele tem sempre a desculpa de que o redator ou o editor mexeu no texto. E pode até, por decisão própria, fazer retificação, consertando o erro. Os atritos raramente extravasam para o público externo, mas quando as rivalidades vêm a público, são evidenciados constrangimentos de ambas as partes, munidas também pela vaidade que é inerente e peculiar à classe dos jornalistas e assessores.
Os potenciais clientes das assessorias de Comunicação podem ser empresas privadas, estatais, autarquias, governos, partidos, sindicatos, clubes, ongs, ou indivíduos, entre outros. É muito comum que as pessoas que não estão ligadas à área de Comunicação ignorem as diferenças entre os espaços que uma empresa pode ocupar na mídia: o comercial e o editorial.
O espaço comercial é destinado à publicidade, imediatamente identificada pelo leitor, ouvinte ou espectador como uma comunicação oficial da empresa, que paga pela sua veiculação. O espaço editorial é toda matéria jornalística que fala sobre as atividades de uma empresa ou cita, sem, no entanto, ter nenhum compromisso com esta empresa, mas apenas com a veracidade e qualidade da informação que transmite ao público.
Cada tipo de veículo tem exigências diferenciadas quanto ao tratamento dado à informação, velocidade no atendimento, nível de detalhamento. O que é exigido de um repórter de jornal impresso é diferente do que é exigido de um repórter de TV, por exemplo. Há diferenças também quanto ao nível de especialização do jornalista que recebe a informação. Cabe a assessoria de imprensa dar o atendimento adequado a cada profissional, levando em consideração a sua experiência e o seu veículo, tornando atrativa a informação a ser transmitida.
Renato Ribeiro é jornalista e radialista, chefe da Assessoria de Comunicação da Câmara Municipal

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