Nesta segunda-feira, 19, visão do film noir "Almas Perversas" (Scarlet Street), de Fritz Lang, 1945 - um dos seus filmes favoritos. Na verdade, uma obra-prima. Mais uma constatação de que não se faz mais cinema como antigamente. Com tema semelhante, o diretor realizou um anos antes, "Um Retrato de Mulher", com o mesmo elenco principal. Está na coleção de filmes da Biblioteca do Congesso dos Estados Unidos.
Um filme sobre amor não correspondido, culpa, ganância, consequências da mentira.
No drama criminal, em Nova York, 1934, Christopher 'Chris' Cross (Edward G. Robinson), em crise de meia-idade, caixa de uma empresa é festejado por seu patrão, J J Hogarth (Russell Hicks), pelos seus 25 anos de serviço. Ele ganha um relógio de ouro. O dono da empresa sai da festa e entra em uma limusine com sua linda amante loira (Carol West). Chris reflete com o colega Charles Pringle (Samuel S. Hinds) sobre seu desejo de ser amado por uma jovem como aquela. Caminhando para casa sob a chuva, Chris vê uma jovem Katherine 'Kitty' March (Joan Bennett), sendo atacada por um agressor. Ele golpeia o homem com seu guarda-chuva, que escorrega e é nocauteado no meio-fio. Enquanto Chris sai correndo para chamar um policial, o agressor, que na verdade é o namorado de Kitty, Johnny Prince (Dan Duryea), foge. Pintor amador, o apaixonado Chris deixa Kitty imaginar que ele é um artista rico. Por insistência de Johnny, ela é convencida a enganá-lo e permite que Chris estabeleça Kitty em um apartamento, alugado com o dinheiro de sua esposa, Adele Cross (Rosalind Ivan), deixando o apartamento que divide com a amiga Millie Ray (Margaret Lindsay). Lá, Chris pinta suas telas e Johnny as vende em nome de Kitty para o marchand Dellarowe (Arthur Loft), com recomendação do crítico de arte Damon Janeway (Jess Barker). O resultado é trágico e irônico.
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