A Suprema Corte da Pensilvânia divulgou na terça-feira, 14, um extenso
relatório do grande júri formado para analisar denúncias sobre abuso sexual na
Igreja Católica no estado, listando mais de 300 padres acusados e detalhando o
que seria um esforço "sistemático" feito por líderes da Igreja por
mais de 70 anos para encobrir os crimes.
O procurador geral do Estado, Josh Shapiro, disse que mais de mil
crianças vítimas foram identificadas no relatório, mas o júri acredita que há
mais.
A investigação é a mais abrangente sobre abuso sexual da Igreja Católica
nos Estados Unidos. A investigação de 18 meses cobriu as oito dioceses do
estado - Harrisburg, Pittsburgh, Allentown, Scranton, Erie e Greensburg - e
segue outros relatórios do júri do estado que revelaram abusos e em duas outras
dioceses.
Como informa a rede CNN, o longo relatório investiga abusos sexuais de
clérigos em seis dioceses desde 1947. As outras duas dioceses da Pensilvânia,
Filadélfia e Altoona-Johnstown, foram objeto de relatórios anteriores do júri,
que encontraram informações igualmente negativas sobre o clero e os bispo.
Os grandes jurados disseram que "quase todos os casos de abuso que
encontramos são velhos demais para virarem processo". Mas foram
apresentadas acusações contra dois padres, um na diocese de Erie e outro na
diocese de Greensburg, suspeitos de abusar de menores.
O relatório é divulgado num momento em que a Igreja Católica, incluindo
o papa Francisco, está lutando para lidar com um escândalo de abuso sexual que
afeta a Igreja em diferentes países.
Na Austrália, um bispo foi considerado culpado de encobrir abuso sexual.
No Chile, o Papa foi forçado admitir a pouca atenção que deu a um escândalo de
abuso envolvendo um padre, e bispos acusados de encobrir seus crimes.
E nos Estados Unidos, um proeminente arcebispo foi removido do poderoso
Colégio de Cardeais, após surgirem relatos de que havia molestado um coroinha
adolescente e vários outros enquanto ascendia nas fileiras da igreja. Enquanto
isso, bispos em Boston e Nebraska estão investigando possíveis casos de abuso
sexual em seminários católicos.
Fonte: G1
Nenhum comentário:
Postar um comentário