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quarta-feira, 1 de novembro de 2017

Falta de educação resulta em corrupção

Por Janguiê Diniz
Segundo o Aurélio, a corrupção é descrita como ação ou efeito de corromper. De longe, um dos piores males que afetam a sociedade, pois ela é capaz de refletir em todos os setores de qualquer país. Ela impõe custos significativos de longo prazo, através de seus efeitos sobre a fornecimento e a qualidade de serviços públicos essenciais. Dados do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes indicam que o dinheiro utilizado anualmente com a corrupção mundial, alimentaria oitenta vezes a população faminta. Propinas e roubos aumentam em 40% o custo de projetos para oferecer água potável e saneamento em todo o mundo.
Sabe-se que a corrupção é parte da natureza humana e sempre existiu em todos os tempos e culturas, tanto nos países desenvolvidos como nos países em desenvolvimento, afetando negativamente a efetividade das políticas públicas e o crescimento econômico do país. O que varia são as consequências - para o corrupto e para a sociedade em que ele vive.  
Segundo análise de 2012 do projeto da Ong Transparência Internacional, sobre o Índice de Percepção da Corrupção, que classifica os países e territórios com base em quão corrupto seu setor público é percebido, o Brasil ficou em 69º lugar empatado com a África do Sul e a Macedônia, dentre 176 países avaliados. A pontuação indica o nível de percepção da corrupção em uma escala de 0 – 100, onde 0 significa que o país é percebido como altamente corrupto e 100 é percebido como muito íntegro. O Brasil recebeu nota 43, e no topo deste ranking de países menos corruptos houve um empate técnico entre a Dinamarca, a Finlândia e a Nova Zelândia.
É preciso ressaltar que há uma correlação entre desigualdade e corrupção: as sociedades mais desiguais são as que mais apresentam corrupção e as sociedades que menos se queixam de corrupção tendem a ser mais igualitárias. A Dinamarca, com uma economia mista capitalista e um estado de bem-estar social possui o mais alto nível de igualdade de riqueza do mundo, sendo considerado em 2011, o país com menor índice de desigualdade social do mundo.
Já a Finlândia é um dos países desenvolvidos de primeiro mundo, bem colocado nas mais diversas comparações socioeconômicas internacionais, cuja população usufrui de um altíssimo nível de desenvolvimento humano. Ou seja, tudo isso leva o país a possuir alguns dos melhores índices de qualidade de vida, educação pública, transparência política, segurança pública, expectativa de vida, bem-estar social, liberdade econômica, prosperidade, acesso à saúde pública, paz, democracia e liberdade de imprensa do mundo. As cidades do país também estão entre as mais habitáveis do mundo, figurando entre as mais limpas, seguras e organizadas. 
Voltando a falar sobre a corrupção, especificamente no setor de educação, ela é capaz de limitar a acumulação de capital humano e, a longo prazo, afetar toda a estrutura de desenvolvimento da sociedade. O único meio conhecido de vencer defeitos e falhas humanas é a educação. Educar para que haja respeito; para que nos encaremos com igualdade, fraternidade e solidariedade. E a educação tem que ser um processo contínuo. Só vamos chegar a um resultado razoável em décadas de trabalho e esforço coletivo.
Segundo Russell a base para tudo está na educação: "Os homens nascem ignorantes, não estúpidos. Eles se tornam estúpidos pela falta educação". Quando algo afeta a educação de uma nação tudo vem a desmoronar, pois o conhecimento nos liberta a pensar e então entrar em um debate sadio para avançar.
A educação é arma poderosa contra a corrupção. Só ela tem força de mudança, força de renovação. É indispensável haver investimentos sociais, mudar a realidade educacional existente, se queremos, de verdade, construir um País sério. Educação tem que ser prioridade; ela é a mola propulsora da cidadania. É um valor inestimável, que engrandece o homem como ser humano, como ser empreendedor da economia, como ser beneficiário e benfeitor da sociedade. 
Não dá para desassociar a educação da corrupção. Os dados do Índice de Percepção de Corrupção Mundial são claros em afirmar que os países com menores índices de educação e igualdade tendem a ter menores taxas de corrupção. Além disso, tudo o que é construído culturalmente e não é da condição humana, como a corrupção, pode ser desconstruído e essa é uma das missões mais importantes da educação.

Janguiê Diniz é mestre e doutor em Direito, reitor do Centro Universitário Maurício de Nassau (Uninassau), fundador e Presidente do Conselho de Administração do grupo Ser Educacional
janguie@sereducacional.com
  




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