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quinta-feira, 5 de outubro de 2017

"TCE reaviva fantasma de Dalva Sele, que assombrou PT nas eleições de 2014"

Por Fernando Duarte
Uma decisão da 2ª Câmara do Tribunal de Contas do Estado (TCE) trouxe de volta antigos fantasmas do PT nas eleições de 2014: Instituto Brasil e Dalva Sele (Foto: Reprodução/"Veja"). 
Às vésperas do pleito daquele ano, a presidente do Instituto Brasil, acusado de irregularidades em convênios com a Secretaria de Desenvolvimento Urbano e a Conder, foi à revista "Veja" denunciar ter beneficiado as campanhas eleitorais do PT nos anos anteriores, citando nomes como o então governador Jaques Wagner, o deputado federal Afonso Florence, então candidato à reeleição, e o candidato ao governo da Bahia, Rui Costa. 
A entrevista de Dalva Sele esquentou o clima da eleição, com troca de acusações entre os dois principais adversários, Rui Costa e Paulo Souto. O primeiro sugeria que a missa do Instituto Brasil foi encomendada. O segundo buscou capitalizar politicamente a denúncia contra o candidato governista.
Apesar de estampadas no noticiário nacional e local, as declarações de Dalva Sele - que incluem uma entrevista exclusiva para o "Correio*", direto da Europa, feita pelo colunista Osmar Marrom - não surtiram efeito eleitoral. Rui Costa acabou eleito em primeiro turno e passou incólume às acusações de ter sido beneficiado com desvios de recursos de programas habitacionais tocados pelo Instituto Brasil e liderados pela presidente da entidade, figura corriqueira até então presente nas coxias do petismo baiano. 
Desde o episódio de setembro e outubro de 2014, na verdade uma marmita requentada de anos anteriores, o Instituto Brasil e Dalva Sele apareciam pontualmente no noticiário, quase sempre respondendo a condenações do TCE. 
Na quarta-feira, 4, o Tribunal de Contas adicionou outros elementos no processo, que devem reassombrar parcelas expressivas do PT baiano. O deputado Afonso Florence e o chefe de gabinete de Rui, Cícero Monteiro, terão que devolver recursos ao erário público. 
Já Wagner, Rui e o procurador-geral do Estado, Paulo Moreno, devem ser investigados pelo Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA), a pedido do TCE. 
Passados três anos do estouro do escândalo, os fantasmas do caso podem assombrar os sonhos de muita gente.
Fonte: "Bahia Notícias"

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